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Manifestantes saem à rua nos EUA para apoiar protestos na China

A maior parte surgiu de máscara para não ser reconhecida pelas autoridades chinesas.

Notícias ao Minuto

12:42 - 30/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Com a China a viver intensos protestos em todo o país contra a estratégia 'zero covid', também nos Estados Unidos houve quem quisesse expressar o seu apoio aos manifestantes, com centenas de pessoas a reunir-se, por exemplo, junto à Universidade de Harvard, em Cambridge, bem como junto dos consulados chineses em Nova Iorque e Chicago.

De acordo com o New York Post, estes manifestantes juntaram-se aos apelos que têm sido feitos na China e pediram a renúncia do presidente do país, Xi Jinping, numa altura em que a população chinesa continua submetida a severas restrições devido à Covid-19.

Em Harvard, cerca de 50 manifestantes, a maior parte estudantes, entoaram canções em inglês e mandarim. 

"Não somos escravos, somos cidadãos!", "Não queremos ditaduras, queremos eleições!", "Desça, Xi Jinping", entoaram, segundo cita o jornal norte-americano.

Muitos usaram máscaras, não devido ao vírus, mas com receio de serem reconhecidos pelas autoridades chinesas e temendo pelas suas famílias no país.

Já em Nova Iorque, cerca de 400 pessoas protestaram junto do consulado chinês, pedindo uma "China Livre".

Também em Chicago, cerca de 200 manifestaram saíram à rua. "Não queremos testes de PCR, queremos comida!", "Não queremos um ditador, queremos votos!", gritaram.

Nos vários protestos, que ocorreram também no estado da Califórnia, por exemplo, os manifestantes levaram flores e acenderam velas.

(Veja as imagens na fotogaleria acima)

Recorde-se que a China aumentou a presença policial nas principais cidades, na sequência de manifestações que ocorreram no último fim de semana. Houve, até, registo de violentos confrontos.

As manifestações foram suscitadas por um incêndio mortal, num prédio na cidade de Urumqi, no noroeste do país. Os manifestantes disseram que os bloqueios no bairro, no âmbito das medidas de prevenção epidémica, atrasaram o acesso do camião dos bombeiros. Os moradores também não conseguiram escapar do prédio, cuja porta estava bloqueada.

No entanto, os protestos, numa escala inédita no país desde as manifestações pró-democracia de 1989, são apenas o culminar de meses de crescente descontentamento popular.

Ao abrigo da política de 'zero casos', a China impõe o bloqueio de bairros ou cidades inteiras, a realização constante de testes em massa e o isolamento de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos em instalações designadas, muitas vezes em condições degradantes.

Leia Também: Quando "não há liberdade de expressão é normal" existir frustração

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