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McConnell diz que "quem reúne com antissemitas não será presidente"

O líder republicano não mencionou Donald Trump diretamente, mas os seus comentários foram claramente dirigidos ao antigo presidente e aos dois nomes que recentemente têm estado ligados a teorias muito perigosas e extremamente racistas.

McConnell diz que "quem reúne com antissemitas não será presidente"
Notícias ao Minuto

11:38 - 30/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Depois de vários importantes membros do Partido Republicano terem criticado o antigo presidente, o líder dos republicanos conservadores no Senado, Mitch McConnell, pareceu juntar-se às críticas a Donald Trump, afirmando na terça-feira que quem janta com antissemitas e supremacistas "não será eleito presidente".

Os comentários de McConnell surgem depois de relatos entretanto confirmados de que Trump jantou no seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, com o rapper Kanye West e o conspirador e promotor de supremacia branca Nick Fuentes.

Numa conferência de imprensa citada pela NBC News, rodeado de outros líderes do partido, o senador disse que "não há lugar no Partido Republicano para antissemitismo e supremacia branca". "E qualquer pessoa que reúna com pessoas que promovam esses pontos de vista, na minha opinião, muito provavelmente nunca serão eleitas presidentes dos Estados Unidos".

Mitch McConnell, que foi um dos mais importantes aliados de Donald Trump durante o mandato do antigo presidente, raramente o critica, já que o antigo líder mantém uma base de apoiantes considerável nos círculos conservadores. Ainda assim, reiterou que quem promove teorias racistas não deve candidatar-se a cargos elegíveis.

West, agora conhecido como Ye, anunciou a sua candidatura à Casa Branca em 2024, apesar de se encontrar envolto em polémicas por comentários antissemitas e sexistas. Já Fuentes é um conhecido supremacista branco (uma ideologia que assenta na ideia de que a etnia branca é superior às demais), antissemita, negacionista do Holocausto e promotor de muitas teorias da conspiração, além de ser alvo de muitas acusações de misoginia por ter dito que as mulheres não merecem ter direito ao voto.

Trump admitiu a existência da reunião mas tentou descolar-se dos dois indivíduos, já que ele próprio anunciou recentemente uma candidatura à Casa Branca. Apesar de garantir que não tinha conhecimento de que Fuentes iria ao jantar, o antigo presidente terá mostrado interesse no que disse o extremista, de acordo com os próprios comentários de Kanye West após o jantar.

O líder dos republicanos na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, acompanhou McConnell nas críticas à reunião, afirmando que "ninguém deve passar qualquer tempo com Nick Fuentes". "Ele não tem lugar no Partido Republicano". Mas McCarthy, que assumirá o papel de 'speaker' quando o novo Congresso pós-eleições intercalares tomar posse, graças à vitória magra dos republicanos, mostrou maior contenção, interpretando que Trump tenha condenado o extremista.

Apesar de ser um antigo aliado do antigo presidente, quando questionado sobre o facto de Trump não ter condenado as ideologias promovidas por Nick Fuentes, McCarthy reiterou que ele próprio "condena as suas ideologias". "Não têm lugar na sociedade, de todo!", disse.

Na segunda-feira, quase uma semana depois do jantar, os republicanos voltaram ao Senado depois de uma pausa para o Dia de Ação de Graças, e muitos não se contiveram mas críticas ao antigo presidente, com senadores proeminentes como Mitt Romney, Susan Collins e Lindsey Graham a atacarem Trump por reunir com pessoas que promovem teorias tão perigosas.

Leia Também: Republicanos atacam Trump por jantar com Kanye West e líder supremacista

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