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Putin é "um monstro". Zelenska apela por "justiça" contra crimes sexuais

A primeira-dama ucraniana reiterou que o regime de Vladimir Putin está a usar a violência sexual como "arma" na Ucrânia, urgindo o governo de Rishi Sunak a ajudar o país a "encontrar e a castigar quem levou a cabo crimes de guerra".

Putin é "um monstro". Zelenska apela por "justiça" contra crimes sexuais
Notícias ao Minuto

08:38 - 30/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Depois de ter apelado junto do parlamento britânico para que o Reino Unido lidere os esforços para fazer a Rússia enfrentar um tribunal internacional pelos alegados crimes de guerra cometidos durante a invasão da Ucrânia, a primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, acusou o presidente russo de ser “um monstro”, com o qual espera nunca ter de “falar diretamente”.

Em declarações à Sky News, Zelenska reiterou que o regime de Vladimir Putin está a usar a violência sexual como “arma” na Ucrânia, urgindo o governo de Rishi Sunak a ajudar o país a “encontrar e a castigar quem levou a cabo crimes de guerra”.

“Até termos justiça, não nos sentiremos seguros”, disse.

Segundo a primeira-ministra, a vítima mais nova de abusos sexuais por parte das tropas de Moscovo tem apenas quatro anos, ao passo que a mais velha tem 85 anos. Zelenska reconheceu que o caminho para uma pena por parte do Tribunal Penal Internacional será uma “batalha”, uma vez que apenas duas pessoas foram condenadas por violações nos últimos 20 anos. Contudo, assegurou que as vítimas, aliadas com a Ucrânia, conseguirão “justiça”.

A primeira-dama foi mais longe, acusando Putin de ser “um monstro”, com o qual espera nunca ter de “falar diretamente”.

“Não quero estar nessa posição”, disse, considerando que a figura do chefe de Estado russo é um coletivo que tem de ser punido.

“Penso que não é apenas Putin enquanto pessoa. Estamos a falar de um coletivo e todo esse coletivo tem de ser castigado”, complementou.

Questionada quanto ao impacto do conflito na sua vida familiar, Zelenska confessou que, por vezes, sente que os filhos se “adaptam mais depressa do que os adultos”, ainda que as figuras de Estado da Ucrânia procurem “comportar-se de forma a que não se preocupem e que saibam que está tudo bem”.

“Sinto que estamos a fazer a coisa certa. O meu trabalho é mantê-los a salvo. Infelizmente, neste momento, há sirenes a tocar em Kyiv”, lamentou.

Apesar de as crianças não verem Volodymyr Zelensky frequentemente, Zelenska assegurou que, nesses momentos, tentam “aproveitar todos os minutos”.

“Mas, claro, ansiamos por um período em que não temos de contar os minutos até todos termos de ir em direções diferentes”, confessou.

Recorde-se que a primeira-dama ucraniana esteve de visita ao Reino Unido, onde fez uma intervenção na Conferência sobre a Prevenção da Violência Sexual em Conflitos, na terça-feira.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva russa na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.655 civis desde o início da guerra e 10.368 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Zelenska acusa mulheres russas de encorajar maridos a violar ucranianas

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