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Biden pede colaboração entre partidos. Republicanos alertam para mudanças

O presidente dos EUA, Joe Biden, manifestou hoje o desejo de que os congressistas dos dois partidos trabalhem juntos para manter o Governo em funcionamento, aumentar os apoios à Ucrânia e evitar uma greve ferroviária paralisante para o país.

Biden pede colaboração entre partidos. Republicanos alertam para mudanças
Notícias ao Minuto

23:38 - 29/11/22 por Lusa

Mundo Estados Unidos

No entanto, a possível escolha dos republicanos para o próximo presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, já avisou Biden de que "as coisas serão diferentes" assim que o seu partido assuma o controlo da câmara baixa do Congresso norte-americano, na sequência das eleições intercalares.

A reunião de Biden com os líderes do Congresso na Casa Branca decorreu num momento em que este procura obter mais vitórias legislativas antes que os democratas percam o controlo da Câmara dos Representantes, em 03 de janeiro.

Enquanto isso, o chefe de Estado norte-americano depende do Congresso para evitar uma paralisação do Governo em 16 de dezembro e está a pedir um novo financiamento importante para combater a pandemia de covid-19, reforçar o apoio estatal à economia e ajudar na defesa da Ucrânia contra a invasão da Rússia.

Ainda de forma mais urgente, Biden chamou o Congresso a intervir e impor um acordo provisório entre ferroviárias e trabalhadores para evitar uma greve no transporte de mercadorias na próxima semana, potencialmente incapacitante.

O Congresso está meses atrasado na aprovação da legislação de financiamento para o atual ano fiscal, contando com medidas paliativas que mantêm em grande parte os níveis de financiamento existentes. As agências federais alertaram que esta situação os está a deixar sem dinheiro e sem capacidade para abordar novas prioridades.

"Vamos trabalhar juntos, espero, para financiar o Governo", referiu Biden aos congressistas, destacando a importância da Ucrânia e também do financiamento da pandemia.

Joe Biden alertou que a "economia está em risco" por causa da iminente greve ferroviária e disse estar "confiante" de que o Congresso pode agir para evitá-la.

No encontro, que decorreu na sala Roosevelt, Biden sentou-se à cabeceira da mesa de conferência, tendo ao lado a presidente da Câmara democrata, Nancy Pelosi, e o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.

Os democratas surgiram sorridentes, mas o líder da minoria republicana na Câmara, Kevin McCarthy, e o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, pareciam mais reservados.

Em declarações aos jornalistas no lado de fora da Casa Branca, McCarthy contou que Biden "recebeu uma indicação de que será diferente" quando os republicanos assumirem o controlo da Câmara.

O republicano criticou as políticas de imigração do Governo Biden e prometeu uma nova ronda de investigações assim que o Partido Republicano estiver no poder.

McCarthy está trabalhar para se tornar presidente da câmara baixa do Congresso em janeiro, embora primeiro precise superar a dissidência no Partido Republicano e ganhar uma votação em 03 de janeiro.

Já os democratas Schumer e Pelosi descreveram a reunião como "boa" e "produtiva" ao deixarem a Casa Branca.

"Havia boa vontade na sala, uma tentativa de ter um encontro de mentes", disse Schumer.

O Congresso encontra-se a trabalhar para adotar uma legislação que proteja o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aumente o limite da dívida e reforme a lei de contagem eleitoral, uma tentativa para evitar outra tentativa como a que aconteceu em 2020, quando o então Presidente Donald Trump e apoiantes tentaram reverter a derrota nas eleições presidenciais conquistadas por Biden.

O projeto de lei sobre o casamento estava a ser hoje analisado no Senado e a Câmara dos Representantes tem também de aprová-lo antes de seguir para a mesa de Biden.

"Vamos encontrar outras áreas de terreno comum, espero, porque o povo americano quer que trabalhemos juntos", acrescentou Biden.

Os republicanos terão uma maioria estreita na câmara baixa em janeiro, enquanto os democratas manterão o controlo do Senado.

Leia Também: Biden anuncia "cimeira da democracia" entre 29 e 30 de março de 2023

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