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Bielorrússia. Opositora de Lukashenko internada nos cuidados intensivos

O advogado não foi autorizado a visitá-la no hospital.

Bielorrússia. Opositora de Lukashenko internada nos cuidados intensivos
Notícias ao Minuto

19:33 - 29/11/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Bielorrússia

Maria Kolesnikova, dirigente da oposição da Bielorrússia, atualmente em prisão preventiva, foi internada nos cuidados intensivos, na segunda-feira. Ainda não são conhecidos os motivos.

De acordo com o comunicado do gabinete de imprensa de Viktor Babaryko, citado pelo La Vanguardia, outro opositor bielorrusso preso, uma ambulância levou Kolésnikova ao hospital e, no local, o advogado não foi autorizado a visitá-la.

O jornal independente Zérkalo.io  garante também que a dirigente da oposição da Bielorrússia deu entrada numa unidade cirúrgica do hospital, tendo depois sido encaminhada para os cuidados intensivos.

Kolesnikova foi uma das líderes dos protestos que, em 2020, contestavam à reeleição do Presidente da Bielorrússia, Alexandre Lukashenko, e está a cumprir uma pena de prisão de 11 anos por ter provocado distúrbios nos protestos.

Svetlana Tijanóvskaya, hoje líder da oposição bielorrussa, publicou uma mensagem de preocupação com Kolesnikova, no Twitter, esta terça-feira:  "Extremamente preocupante. Maria Kalesnikava foi hospitalizada nos cuidados intensivos por razões desconhecidas. O seu advogado não foi autorizado a vê-la".

Kolesnikova foi encarcerada em setembro de 2020 depois de resistir a uma tentativa de expulsão do seu país.

De acordo com fontes próximas da opositora, os serviços especiais bielorrussos (KGB) sequestraram-na e conduziram-na à fronteira com a Ucrânia obrigando-a a usar um saco na cabeça, tendo Kolesnikova recusado deixar a Bielorrússia. Saltou de uma janela e rasgou o seu passaporte, o que determinou a sua prisão.

Kolesnikova é uma das três mulheres que ascenderam à liderança do movimento de contestação na Bielorrússia, a par de Svetlana Tikhanovskaia, candidata à presidência do país no lugar do marido preso, e Veronika Tsepkalo.

As duas últimas fugiram do país, devido à pressão das autoridades.

O movimento de contestação, que juntou dezenas de milhares de manifestantes no verão de 2020, foi progressivamente reprimido, com milhares de detenções, exílios forçados e prisões de opositores, de elementos da comunicação social e organizações não-governamentais.

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