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Guerra "expôs fraquezas intrínsecas" nos batalhões táticos russos

O Reino Unido considerou que o modelo de forças especiais russas tem-se mostrado ineficaz numa guerra de alta intensidade como a que se assiste na Ucrânia.

Guerra "expôs fraquezas intrínsecas" nos batalhões táticos russos
Notícias ao Minuto

08:02 - 29/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia

Na atualização diária desta terça-feira, os serviços secretos britânicos afirmaram que os batalhões táticos russos, forças especialmente treinadas e que compõem uma parte crucial das forças armadas russas, estão a mostrar-se muito ineficazes na invasão na Ucrânia.

Segundo o relatório do Ministério da Defesa do Reino Unido, esta ineficácia levou os russos "provavelmente a deixar de mobilizar os grupos de batalhões táticos".

De recordar que, em setembro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou uma 'mobilização militar parcial', para compensar as enormes baixas na guerra na Ucrânia.

Os britânicos afirmam que "o conceito dos batalhões táticos desempenhou um grande papel na doutrina militar russa nos últimos dez anos, e assistiu-se à integração de batalhões num apoio a várias subunidades, incluindo veículos armados, inteligência e (numa diferença em relação às praticas ocidentais habituais)". 

Este modelo de combate tornou-se crucial para os russos durante o conflito entre a Ucrânia e os grupos separatistas no Donbass.

No entanto, como explica o Reino Unido, a invasão na Ucrânia e as graves dificuldades das forças russas em combater os ucranianos com poucos mantimentos, pouco armamento e pouco treino, também se fizeram sentir nestes batalhões. E, acrescenta, "as várias fraquezas intrínsecas do conceito dos batalhões armados foram expostas no combate à larga escala e de alta intensidade na Ucrânia".

"A relativamente pequena alocação de infantaria dos batalhões táticos tem-se provado insuficiente. A distribuição descentralizada de artilharia não permitiu à Rússia aproveitar completamente a sua vantagem no número de armas; e os poucos comandantes foram incentivados a explorar oportunidades na forma como o modelo de batalhões táticos foi pensado", salientam os britânicos.

Segundo as forças armadas ucranianas, já foram "liquidadas" mais de 88.380 tropas russas na guerra na Ucrânia, com 480 baixas registadas nas últimas 24 horas. Numa publicação nas redes sociais, a Ucrânia alega ainda a destruição de mais de 5.800 veículos armados, mais de 2.900 tanques e quase 1.900 sistemas de artilharia. Para esta defesa antiaérea, que neutralizou mais de 1.500 drones e mais de 500 mísseis cruzeiro, muito têm contribuído os avançados sistemas de artilharia norte-americanos.

Os russos contestam os números apontados pelos ucranianos, não avançando um número concreto de baixas na sua invasão na Ucrânia. A confirmarem-se estes dados, significaria que, em menos de 300 dias de guerra, os russos perderam quase nove vezes mais homens do que a União Soviética em dez anos no Afeganistão (essa guerra, entre 1979 e 1989, foi considerada uma das piores derrotas dos soviéticos e acelerou a queda do regime, com 10 mil soldados mortos).

O conflito na Ucrânia já fez quase 6.600 mortos civis, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a entidade adverte que o real número de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos, como em Mariupol, por exemplo, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.

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