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"A Ucrânia nunca aceitará ordens desses ‘camaradas’ de Moscovo"

Apesar da mensagem positiva desta segunda-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou a todos os ucranianos para que fiquem atentos devido ao risco de ataque iminente.

"A Ucrânia nunca aceitará ordens desses ‘camaradas’ de Moscovo"

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recorreu às redes sociais para fazer o seu habitual discurso noturno, dando força ao povo ucraniano e garantindo que a Ucrânia fará tudo para "restaurar cada objeto, cada casa, cada empreendimento" que tenha sido destruído pelas tropas russas.

"Não são capazes de nada além de devastação. Isso é tudo que deixam para trás. E o que estão a fazer agora contra a Ucrânia é a sua tentativa de vingança para se vingar do fato de os ucranianos se terem defendido repetidamente deles. A Ucrânia nunca será um lugar para devastação. A Ucrânia nunca aceitará ordens desses ‘camaradas’ de Moscovo. Faremos de tudo para restaurar cada objeto, cada casa, cada empreendimento destruído pelos ocupantes", afirmou o líder ucraniano, salientando que "grande parte de seu próprio território está em tal devastação, como se ali tivesse ocorrido uma guerra".

Esta segunda-feira, o Exército russo bombardeou a região de Kherson e, em Mykolaiv, o ataque danificou a estação de bombeamento que fornecia água para a cidade.

Zelensky agradeceu a vários responsáveis do governo de diferentes países pela cooperação e solidariedade para com o seu país e ressaltou a iniciativa ‘Grãos da Ucrânia’, para a qual já angariou mais de 180 milhões de dólares americanos, cerca de 174 milhões de euros.

"Esta já é uma das maiores iniciativas humanitárias ucranianas da história. E será ainda maior. Áustria, Bélgica, Bulgária, Reino Unido, Grécia, Estónia, Irlanda, Espanha, Itália, Canadá, Qatar, Letónia, Lituânia, Holanda, Alemanha, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Eslovénia, EUA, Turquia, Hungria, Finlândia, França, Croácia, República Checa, Suíça, Suécia e União Europeia já anunciaram a sua contribuição financeira, técnica ou logística para a iniciativa. Mais a República da Coreia e o Japão, a NATO e, claro, a ONU", acrescentou o presidente ucraniano.

Apesar da mensagem positiva, Zelensky apela a todos os ucranianos para que fiquem sempre atentos aos ataques iminentes.

"Por favor, prestem atenção aos alarmes aéreos, não se esqueçam disso", concluiu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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