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UE exige rápidas reformas à Bósnia para conceder estatuto de candidato

O comissário europeu para a Vizinhança e Alargamento, Olivér Várhelyi, declarou hoje em Sarajevo que a União Europeia (UE) está aberta à Bósnia-Herzegovina, que pretende o estatuto de país-candidato à adesão, mas reafirmou a necessidade de rápidas reformas.

UE exige rápidas reformas à Bósnia para conceder estatuto de candidato
Notícias ao Minuto

20:11 - 28/11/22 por Lusa

Mundo Adesão à UE

"Somos muito transparentes, a nossa recomendação é clara: queremos que seja concedido agora o estatuto de candidato à Bósnia-Herzegovina. Mas essa recomendação chega da nossa parte com muita expetativa", disse Várhelyi em conferência de imprensa em Sarajevo após uma reunião em Sarajevo com a presidência colegial tripartida.

"A UE está aberta, mas exige resultados do vosso país. Esperamos que os passos sejam concretizados sem demora, e cabe aos líderes políticos do país convertê-los em realidade para os cidadãos", indicou.

Várhelyi pediu resultados "reais, tangíveis, visíveis", para que o Conselho da UE possa decidir em dezembro sobre a candidatura bósnia.

Em outubro passado, a Comissão Europeia recomendou que fosse concedido à Bósnia-Herzegovina o estatuto de candidato à adesão, mas advertiu que aguarda mais reformas após as eleições gerais de 02 de outubro e a tomada de posse das novas autoridades.

Em dezembro, será adotada a posição definitiva sobre o estatuto do país.

As lideranças da Bósnia-Herzegovina têm sido pressionadas para reforçar o combate à corrupção e crime organizado, aumentar a eficácia na gestão das migrações e reforçar a coordenação entre os diversos níveis de poder.

Várhelyi indicou que se encontra em Sarajevo para debater os próximos passos, e pediu à presidência colegial que assuma como prioridade nos próximos quatro anos de mandato os 14 requisitos da UE para a aproximação da ex-república jugoslava ao clube comunitário.

A nova presidência colegial bósnia foi eleita nas eleições de outubro e integra o bosníaco (muçulmano) Denis Becirovic, a sérvia Zeljka Cvijanovic e o croata Zeljko Komsic.

Ainda se aguarda a tomada de posse dos parlamentos e dos governos de um país que inclui duas entidades autónomas, a Republika Srpska (RS) e a Federação de bosníacos e croatas.

As eleições confirmaram o domínio dos partidos nacionalistas num país onde prevalecem profundas fraturas étnicas.

A adesão à UE constitui uma das poucas aspirações partilhadas pelos dirigentes políticos dos três "povos constituintes" que predominam no país balcânico.

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