Governo ucraniano confirma que sistema energético está estabilizado
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, anunciou, este domingo, que o sistema energético do país foi finalmente estabilizado após os ataques russos no início desta semana terem deixado grande parte da Ucrânia sem eletricidade.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
Os mais de 1.000 técnicos que trabalham diariamente para reparar danos na rede elétrica conseguiram estabilizar o funcionamento do sistema energético, disse Shmyhal, embora ainda haja um défice de produção de cerca de 20%.
"Incapazes de vencer no campo de batalha, terroristas russos estão a tentar destruir o sistema energético ucraniano para acabar com a nossa resistência", escreveu na sua conta do Facebook.
O primeiro-ministro lembrou que o operador da rede elétrica, Ukrenergo, vai receber 372 milhões de euros dos Países Baixos e do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) para reparar danos nas infraestruturas.
A Ucrânia receberá mais 500 milhões de euros para a aquisição de gás e ainda geradores de eletricidade da União Europeia (UE) no âmbito do programa "Geradores da Esperança".
Shmyhal enumerou outras medidas tomadas pelo Governo para aliviar a situação de escassez de energia, como a criação em todo o país de milhares de postos onde os cidadãos podem obter ligação à eletricidade, água, aquecimento e internet, e a decisão de proibir a exportação de lenha destinada a aquecimento.
Também a administração militar da região de Kyiv anunciou que a situação foi normalizada na capital e que a maioria dos mais de três milhões de habitantes já tem corrente, num dia em que se espera queda de neve e a temperatura desce para cinco graus negativo à noite.
A onda de ataques de mísseis russos, em 23 de novembro, contra a infraestrutura energética, obrigou as autoridades ucranianas a desligarem as centrais nucleares e a maioria das centrais térmicas e hidroelétricas da rede para evitar acidentes, o que fez mergulhar grande parte do país na escuridão.
A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, que ainda perdura.
A invasão foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu, com destaque para a União Europeia e os Estados Unidos, com ajuda militar, humanitária e económica a Kyiv e a imposição de sanções económicas e políticas sem precedentes a Moscovo.
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