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Argentina. Mantida juíza que investiga atentado frustrado a Kirchner

A justiça argentina rejeitou esta sexta-feira o pedido da defesa da vice-Presidente da Argentina, para substituir a juíza que investiga o atentado frustrado contra Cristina Kirchner, mas sugeriu inquirir um deputado da oposição.

Argentina. Mantida juíza que investiga atentado frustrado a Kirchner
Notícias ao Minuto

23:49 - 25/11/22 por Lusa

Mundo Cristina Kirchner

A câmara federal de apelações de Buenos Aires confirmou a juíza Maria Eugenia Capuchetti como responsável pela investigação do atentado ocorrido em 1 de setembro.

Este órgão decidiu que a forma como a investigação está a ser conduzida até ao momento "não apresenta nenhum ato do magistrado do qual se possa deduzir (...) parcialidade", argumento invocado pelos advogados de Kirchner.

Nas últimas semanas, a ex-Presidente (2007-2015) questionou publicamente a imparcialidade da juíza, denunciando a relutância da magistrada em explorar as possíveis ligações políticas dos perpetradores do ataque. Até agora, três pessoas com idades entre 23 e 35 anos foram acusadas e detidas.

A governante centro-esquerda e a sua fação rejeita a ideia que o trio de suspeitos agiu motivado pelo ódio sobre a sua pessoa ou as suas ideias, que surgem pela análise às suas conversas telefónicas e por mensagens.

Os advogados da vice-Presidente questionam, entre outros detalhes, o porquê de ter sido apagado o conteúdo do telemóvel de Fernando Sabag Montiel, o homem preso minutos depois de apontar uma arma à cabeça de Kirchner, que não disparou.

Também criticam que a juíza não tenha investigado o suficiente as alegadas ligações entre os três detidos neste caso e Gerardo Milman, deputado do partido de oposição Proposta Republicana (Pro), que esteve a liderar os serviços de inteligência durante o mandato de Patrícia Bullrich, atual presidente do Pro, como ministra da Defesa do Governo de Mauricio Macri (2015-2019).

Na sua decisão, a câmara de apelações pede à investigação que "corrobore ou rejeite" estas denúncias de Kirchner.

A vice-Presidente sofreu um atentado enquanto decorriam manifestações à porta de sua casa, que começaram após um procurador ter pedido, em 21 de agosto, que Kirchner cumprisse 12 anos de prisão por alegada corrupção nos dois períodos em que foi Presidente.

Fernández é acusada de ter cometido crimes de associação ilícita e administração fraudulenta de fundos públicos, por alegadas irregularidades na concessão de 51 obras públicas a organizações do empresário Lázaro Báez, durante o seu mandato e o de seu marido, o falecido Néstor Kirchner (2003- 2007), na província de Santa Cruz.

Para Cristina Kirchner, esta alegada "associação ilícita não tem 'pés nem cabeça', mas fundamentalmente é profundamente inconstitucional, profundamente anti-republicana e profundamente antifederal".

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