Ucrânia. Papa diz que "perspetiva" é fundamental para chegar à paz
O Papa Francisco sugeriu que Kyiv terá de fazer concessões à Rússia se quer ver o conflito armado chegar a um fim, pedindo "perspetiva" aos governantes ucranianos.
© Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Os líderes da Ucrânia têm de "ter perspetiva" se querem assegurar a paz no seu território, disse na sexta-feira o Papa Francisco.
O Sumo Pontífice marcou os nove meses da invasão russa da Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro deste ano, com uma carta aberta, onde reconhece que Kyiv poderá ter de fazer concessões à Rússia se quer ver o conflito armado chegar a um fim.
Na mesma missiva citada pela Reuters, no entanto, o Papa Francisco realçou a resiliência do povo ucraniano perante as dificuldades trazidas pela invasão russa. "O mundo reconheceu um povo corajoso e forte, um povo que sofre e reza, chora e luta, resiste e espera: um povo nobre e martirizado”, escreveu, garantindo que mantém os governantes da Ucrânia nas suas orações. "Neles reside o dever de governar o país em tempos trágicos e tomar decisões previdentes para a paz, bem como desenvolver a economia durante a destruição de tantas infraestruturas vitais", continuou.
Em várias ocasiões nos últimos meses, o Papa apelou a um cessar-fogo na Ucrânia, para evitar uma maior escalada do conflito. Aliás, na sexta-feira passada, dia 18 de novembro, o Vaticano garantiu que faria tudo o necessário para moderar um eventual cessar-fogo.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, na semana passada, que a Ucrânia está pronta para a paz, mas só após recuperar todos os territórios anexados pela Rússia.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão, justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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