MNE britânico visita Kyiv e promete ajuda de quase 3,5 milhões de euros
O ministro dos negócios estrangeiros britânico anunciou um financiamento de quase 3,5 milhões de euros para ajudar a reconstruir as infraestruturas danificadas e apoiar sobreviventes de agressão sexual.
© Reprodução/ Twitter
Mundo Guerra na Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, James Cleverly, viajou para Kyiv na quinta-feira e encontrou-se esta manhã com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
A reunião entre os dois, que foi destacada na rede social Twitter.
"Presidente Zelensky, o Reino Unido está a apoiar-te com ações - não apenas com palavras. Fiz-te essa promessa hoje", ressalvou James Cleverly na legenda de uma publicação, na qual surge a dar um aperto de mão ao líder ucraniano.
President @ZelenskyyUa, the UK is supporting you with action - not just words.
— James Cleverly🇬🇧 (@JamesCleverly) November 25, 2022
I made you that promise today. The UK intends to keep it. pic.twitter.com/n8C6kGLXsJ
Antes deste encontro, reuniu-se com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, a quem reafirmou o "apoio concreto para a defesa da Ucrânia".
"Palavras não são suficientes. As palavras não vão manter as luzes acesas este inverno. Palavras não vão defender contra mísseis russos. O Reino Unido não está apenas a falar sobre a Ucrânia, estamos a fornecer apoio concreto para a defesa da Ucrânia. Obrigada Dmytro Kulema por me receber em Kyiv", escreveu na legenda de uma publicação na rede social Twitter.
Words are not enough.
— James Cleverly🇬🇧 (@JamesCleverly) November 25, 2022
Words won't keep the lights on this winter. Words won't defend against Russian missiles.
The UK isn't just talking about Ukraine, we're providing concrete support for the defence of Ukraine.
Thank you @DmytroKuleba for welcoming me to Kyiv. pic.twitter.com/3LdgnXJKwo
Durante a visita à capital ucraniana, Cleverly anunciou que o Reino Unido vai enviar "24 ambulâncias" para a Ucrânia. Também farão parte do pacote de emergência, "11 outros veículos de emergência, incluindo seis veículos blindados".
Citado pela BBC, o ministro britânico anunciou ainda um financiamento de quase 3,5 milhões de euros para ajudar a reconstruir a Ucrânia, principalmente a infraestrutura energética danificada e escolas e abrigos que ficaram destruídos desde o início da guerra, e para apoiar sobreviventes de agressão sexual, na sequência de vários relatos de abusos cometidos por tropas russas a civis ucranianos.
James Cleverly revelou ainda que o Reino Unido fornecerá ainda equipamentos de inverno, como sacos-cama, colchões e roupas para o frio, numa altura em que o inverno rigoroso ucraniano se aproxima.
"A Rússia pretende quebrar a determinação ucraniana por meio dos seus ataques brutais a civis, hospitais e infraestrutura de energia. Hoje anunciei um pacote de apoio prático para os nossos amigos ucranianos na sua luta. Eu vi aqui em primeira mão como os esforços do Reino Unido estão a ajudar cidadãos corajosos a resistir e reconstruir. O nosso apoio continuará pelo tempo que for necessário para que este país notável se recupere", afirmou o representante britânico.
Recorde-se que, na quinta-feira, dia em que passaram nove meses do início da invasão russa, milhões de ucranianos estavam sem eletricidade e aquecimento. Em Kyiv, já atingida por condições meteorológicas típicas do inverno (chuva e neve), cerca de 70% da população da capital ficou sem fornecimento de energia. O abastecimento de água foi restabelecido ao início da tarde, de acordo com a mesma fonte, numa altura em que as temperaturas mal ultrapassam os zero graus Celsius.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas. A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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