Presidente do México recua na reforma eleitoral e propõe reforma jurídica
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, reverteu quinta-feira a sua polémica proposta de reforma eleitoral e adiantou que, em vez disso, o Governo mexicano irá agora concentrar-se numa "reforma jurídica".
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Mundo México
"É bom que, para já, não seja possível fazer a reforma constitucional, mas vai ser apresentada uma reforma jurídica", explicou o chefe de Estado mexicano.
Obrador acrescentou que é "compreensível" que a "elite corrupta defenda a fraude eleitoral".
O governante tem insistido que aqueles que são contra a medida "estão completamente errados", já que a reforma proposta pelo executivo pretende "reduzir o financiamento dos partidos", noticiou o jornal El Universal.
O Presidente mexicano assegurou que ainda não desistiu da iniciativa, apesar das grandes manifestações que decorreram no país nas últimas semanas e que elevaram o tom político, com Lopez Obrador a classificar como "hipócritas" os manifestantes nas ruas.
"Vamos apresentar uma lei que, sem infringir a Constituição, nos permite gerar poupanças em qualquer caso para que não seja tão caro organizar as eleições. Com essa lei será proibida a compra de votos", destacou López Obrador.
A reforma eleitoral defendida por López Obrador suscitou polémica porque criaria o Instituto Nacional de Eleições e Consultas (INEC) para substituir o Instituto Nacional Eleitoral (INE), um órgão autónomo que surgiu para tirar o controlo das eleições ao Governo.
A reforma também pretende diminuir o número de deputados de 500 para 300 e de senadores de 128 para 96, reduzir o financiamento dos partidos políticos e redefinir o conceito de "propaganda", para que o governo se pronuncie durante as eleições, disposições criticadas porque podem favorecer o atual partido no poder.
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