Áudio. Russos fingiram ser Macron e telefonaram a Duda quando míssil caiu

A conversa durou cerca de sete minutos.

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Teresa Banha
22/11/2022 13:21 ‧ 22/11/2022 por Teresa Banha

Mundo

Ucrânia/Rússia

Comediantes russos conseguiram falar com o presidente da Polónia horas depois de um míssil cair na vila polaca de Przewodow e matar duas pessoas - criando momentos de tensão entre a Rússia, Ucrânia e aliados.

Apesar de o conflito não se ter alargado a território da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e de Varsóvia não ter invocado nenhum dos Artigos que podiam ter mudado o rumo deste conflito, houve momentos em que a janela de oportunidade para piorar a situação esteve aberta.

É o caso de uma chamada recebida pelo presidente do país onde ocorreu o incidente - que está agora a ser investigado -, durante a qual dois comediantes russos se fizeram passar pelo presidente de França, Emmanuel Macron.

"Acredita, estou a ser extremamente cuidadoso. Não culpo a guerra e acho que ambos os lados vão acusar-se mutuamente", ouve-se Andrzej Duda a dizer.

Já um dos comediantes, com sotaque francês, responde: "Acho que não precisamos de uma escalada de tensão entre a Rússia e a NATO". Duda questiona ainda a pessoa, que julgava ser o seu homólogo francês: "Acha que quero ter uma guerra com a Rússia? Não. Não quero, acredite".

A dupla Vovan and Lexus questiona depois o que Duda julga sobre as 'bombas sujas', e Duda responde: "Estou com mais receio de problemas com as centrais nucleares na Ucrânia do que com medo das 'bombas sujas'". 

Duda sublinha que essa é a "sua preocupação" devido aos ataques que têm acontecido no local. A chamada terá durado, de acordo com a Reuters, que cita fonte da presidência polaca, cerca de sete minutos.

"Durante a chamada, o presidente Andrzej Duda percebeu pela forma invulgar como o interlocutor conduzia a chamada que poderia haver uma tentativa de fraude e acabou com a conversa", escreveu a presidência polaca, citada pela Reuters.

Ouça o excerto da chamada transcrita na galeria acima.

Na segunda-feira, recorde-se, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu, numa intervenção por videoconferência na 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, em Madrid, que a Rússia está a levar a cabo uma "política genocida" na Ucrânia, que tem como alvos a população civil ou infraestruturas energéticas e de fornecimento de água, com efeitos similares aos das armas de destruição maciça.

O presidente ucraniano pediu, por isso, aos parlamentos dos 30 países da NATO que declarem a Rússia como "estado terrorista", à semelhança do que já fizeram Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia e República Checa.

Zelensky solicitou também a manutenção e reforço das sanções à Rússia por causa "do terror" que está a provocar aos ucranianos, e ajuda para "aumentar a proteção" da Ucrânia, nomeadamente, mais sistemas de defesa área e antimíssil, "em quantidade e qualidade suficientes".

Leia Também: Papa apela a esforços de cristãos e judeus para parar guerras no mundo

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