EUA. Mulher condenada por invadir gabinete de Nancy Pelosi no Capitólio

Uma mulher da Pensilvânia foi condenada esta segunda-feira por várias acusações federais, incluindo fazer parte de um grupo que invadiu o gabinete da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, durante o ataque ao Capitólio dos EUA.

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Lusa
22/11/2022 06:39 ‧ 22/11/2022 por Lusa

Mundo

Capitólio

Riley June Williams, que está ligada ao movimento de extrema-direita "Groyper", foi considerada culpada de seis acusações federais, incluindo desordem civil.

O júri chegou a um impasse em duas outras acusações, incluindo "auxílio e cumplicidade no roubo" de um computador portátil, que foi retirado do gabinete de Pelosi durante a invasão do Capitólio, ocorrida em 06 de janeiro de 2021.

Os jurados também não conseguiram chegar a um veredicto unânime sobre se Williams obstruiu um processo oficial.

Williams juntou-se ao ataque ao Capitólio depois de participar no comício "Stop the Steal" [Parem com o roubo, em português], onde o então Presidente norte-americano, o Republicano Donald Trump, se dirigiu a milhares de apoiantes naquele dia, incentivando-os a interromperem o processo de certificação da vitória eleitora do Democrata Joe Biden.

Ao entrar no gabinete de Pelosi, esta mulher encontrou um portátil numa mesa e disse a outro manifestante: "Põe umas luvas". Depois, alguém com luvas pretas levou o computador, segundo a acusação.

Mais tarde, Williams gabou-se nas redes sociais de ter roubado o martelo, o portátil e discos rígidos da presidente da câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos, acrescentando que "deu ou tentou entregar os dispositivos eletrónicos a indivíduos russos não especificados", de acordo com os procuradores.

"Até ao momento, nem o portátil nem o martelo foram recuperados", acrescentaram.

Uma testemunha, descrita como ex-namorado de Williams, disse ao FBI que esta pretendia enviar o computador ou o disco rígido a um amigo na Rússia, que planeava vendê-lo ao serviço de inteligência estrangeiro russo.

A mesma testemunha explicou que Williams manteve o dispositivo ou destruiu-o depois do envio ter falhado, segundo o depoimento de um agente do FBI.

Riley June Williams negou ter roubado o computador quando o FBI a questionou, alegando que o ex-namorado tinha inventado essa acusação.

Antes de sair do Capitólio, Williams juntou-se ainda a outros manifestantes que pressionaram a polícia que procuravam dispersar as pessoas no edifício. Uma câmara de corpo de um agente captou o momento em que a mulher encorajava outros manifestantes a "continuarem a empurrar" a polícia.

Naquele dia, Williams estava a utilizar uma t-shirt com a mensagem "Estou com groyper", um termo que se refere aos seguidores do líder do movimento "America First", Nick Fuentes, que usou a sua plataforma 'online' para espalhar retórica antissemita e supremacista branca.

Outros seguidores de Fuentes foram acusados de crimes relacionados com a invasão de 06 de janeiro de 2021, incluindo o ex-aluno da UCLA Christian Secor, de 24 anos, de Costa Mesa, Califórnia. Secor, que estava a agitar uma bandeira "America First" quando entrou no Capitólio, foi condenado no mês passado a três anos e seis meses de prisão.

Leia Também: Invasores do Capitólio dos EUA acusados de premeditar uso de violência

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