O atirador efetuou vários disparos de espingarda de forma indiscriminada e feriu outros cinco soldados antes de ser morto a tiro, disse um oficial militar queniano que pediu para não ser identificado, por não estar autorizado a revelar a informação.

O ataque desta segunda-feira de manhã ocorreu na Base Operacional Sarira Forward, na região de Lower Jubba, no sul da Somália, perto da fronteira com o Quénia.

O movimento extremista islâmico Al-Shebab reivindicou a autoria do ataque através dos seus canais de imprensa.

"Acreditamos que o atirador solitário estava a testar o terreno para mais incidentes desse tipo. Devemos ser mais cuidadosos e vigilantes", disse o militar queniano.

"À medida que nos aproximamos das festividades, precisamos de estar muito atentos ao que nos rodeia. A ameaça terrorista ainda é grande e todas as medidas devem ser tomadas para neutralizar qualquer plano", acrescentou o militar.

As autoridades quenianas também estão a pedir o reforço da vigilância com o início do Mundial 2022.

Em 2010, pelo menos 76 pessoas foram mortas quando o Al-Shebab atacou um clube de râguebi e um restaurante na capital do Uganda, Kampala, onde os clientes assistiam à final do Mundial 2010 em ecrãs de grande dimensão.

"É neste momento que os extremistas sabem que podemos baixar a guarda enquanto assistimos" ao mundial de futebol, disse o militar queniano.

As tropas quenianas destacadas na Somália, ao serviço da União Africana (UA), estão ativas ao longo da fronteira com a Somália.

Militares do Burundi e do Uganda, igualmente sob a bandeira da UA, estão baseados na capital somali, Mogadíscio, onde está a sede do governo federal, ou nas proximidades.

Nos últimos anos, os combatentes do Al-Shebab lançaram ataques transfronteiriços, especialmente nos remotos condados quenianos de Mandera e Garissa, depois de violar as zonas de segurança.

Os ataques mataram ou feriram dezenas de civis e efetivos das forças de segurança.

No domingo, homens armados que se acredita serem do Al-Shebab, atacaram um posto policial em Mandera antes de serem repelidos.

Leia Também: EUA oferecem recompensa de 9,7 milhões por informações sobre Al-Shebab