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Suíça lamenta não terem sido impostas obrigações aos maiores poluidores

A Suíça lamentou hoje que a conferência sobre o clima não tenha imposto obrigações aos principais emissores de gases com efeito de estufa, garantindo que vai trabalhar para assegurar que contribuam adequadamente para a luta contra as alterações climáticas.

Suíça lamenta não terem sido impostas obrigações aos maiores poluidores
Notícias ao Minuto

14:54 - 20/11/22 por Lusa

Mundo COP27

Depois de longas e difíceis negociações que foram muito além do calendário previsto, a Conferência da ONU sobre Clima (COP27) terminou hoje de madrugada com a adoção de um texto sobre a ajuda aos países pobres afetados pelas alterações climáticas, mas sem novas ambições para a redução dos gases com efeito de estufa.

"Os Estados acordaram um programa de trabalho até 2026. Contudo, isso não vincula expressamente os países com as maiores emissões de gases com efeito de estufa", afirma o Gabinete Federal do Ambiente da Suíça citado pela AFP.

A Suíça lamenta esta decisão e garante que irá trabalhar para que estes países também deem o seu contributo.

Lamenta igualmente não ter sido adotada qualquer resolução para eliminar progressivamente o carvão e reduzir os subsídios ao petróleo e ao gás.

"Países com maiores emissões de gases com efeito de estufa, como a China, a Índia, a Indonésia e o Brasil, rejeitaram um programa de trabalho nesse sentido e a obrigação de implementar projetos", sublinha o Gabinete Federal do Ambiente.

A declaração final da COP27 reafirmou o objetivo do Acordo de Paris de conter o aumento médio da temperatura para bem abaixo dos 2% acima dos níveis pré-industriais e prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC".

No que diz respeito ao fundo para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com os danos causados pelas alterações climáticas, a Suíça congratula-se com o princípio da ajuda adicional, mas sublinha que "as questões centrais sobre o fundo continuam por esclarecer".

Lamenta que persista a incerteza "sobre quais os países que devem contribuir para o fundo, como o dinheiro será distribuído e quem vai gerir o fundo".

De acordo com o comunicado, "a Suíça trabalhará para garantir que estas questões sejam esclarecidas o mais rapidamente possível".

A COP27 decidiu, de acordo com a sua declaração final, "estabelecer novos acordos de financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com perdas e prejuízos, incluindo [...] fornecendo e ajudando a mobilizar novos e adicionais recursos".

A implementação do fundo será elaborada por uma comissão especial e depois adotada na próxima COP28, no final de 2023, nos Emirados Árabes Unidos.

A 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas começou em 06 novembro e terminou hoje em Sharm-el-Sheik, no Egito, juntando mais de 35 mil participantes, nomeadamente vários líderes de países, com cerca de duas mil intervenções sobre mais de 300 tópicos.

Leia Também: COP 27. Falta de avanço nas negociações dececiona ecologistas

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