"Não se avançou na necessidade de fazer esforços adicionais para reduzir os gases que provocam efeito de estufa nem em eliminar progressivamente os combustíveis fósseis", lamentou Agnès Pannier-Runacher, considerando a situação "uma verdadeira desilusão".
A ministra sublinhou, no entanto, que esta conferência "respondeu às expectativas dos países mais vulneráveis com um grande avanço: a criação de novas ferramentas de financiamento para perdas e danos ligados a desastres climáticos".
A conferência anual do clima da ONU aprovou hoje um acordo que prevê a criação de um fundo para financiar danos climáticos sofridos por países "particularmente vulneráveis", numa decisão descrita como histórica.
A resolução foi adotada por unanimidade em assembleia plenária, seguida de aplausos estrondosos, no final da conferência anual do clima da ONU.
A resolução enfatiza a "necessidade imediata de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados para ajudar os países em desenvolvimento que são particularmente vulneráveis" aos impactos "económicos e não económicos" das alterações climáticas.
A implementação do fundo será elaborada por uma comissão especial e depois adotada na próxima COP28, no final de 2023, nos Emirados Árabes Unidos.
A 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas começou em 06 novembro e terminou hoje em Sharm-el-Sheik, no Egito, juntando mais de 35 mil participantes, nomeadamente vários líderes de países, com cerca de duas mil intervenções sobre mais de 300 tópicos.
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