"Fizemos um avanço em matéria de justiça climática - com uma larga coligação de estados após anos de estagnação", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, numa mensagem da rede social Twitter, citada pela AFP.
Mas, alertou a ministra, "o mundo está a perder tempo precioso na trajetória de 1,5 graus" devido à falta de ambição na redução das emissões de gases com efeito de estufa.
A conferência anual do clima da ONU aprovou no sábado um acordo que prevê a criação de um fundo para financiar danos climáticos sofridos por países "particularmente vulneráveis", numa decisão descrita como histórica.
A resolução foi adotada por unanimidade em assembleia plenária, seguida de aplausos estrondosos, no final da conferência anual do clima da ONU.
A resolução enfatiza a "necessidade imediata de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados para ajudar os países em desenvolvimento que são particularmente vulneráveis" aos impactos "económicos e não económicos" das alterações climáticas.
A questão das "perdas e danos", que esteve mais do que nunca no centro de debate, após as devastadoras inundações que atingiram recentemente o Paquistão e a Nigéria, quase inviabilizou a COP27.
A União Europeia disse hoje estar desiludida com a falta de ambição na redução das emissões de gases com efeito de estufa no acordo aprovado pela 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.
A 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas decorreu em Sharm-el-Sheik, no Egito, juntando mais de 35 mil participantes, nomeadamente vários líderes de países, com cerca de duas mil intervenções sobre mais de 300 tópicos.
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