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Soldado nigeriano efetuou disparos em base militar e matou duas pessoas

Um soldado nigeriano efetuou quinta-feira disparos numa base militar, matando um trabalhador humanitário e um camarada militar, na região nordeste do país, onde as forças armadas combatem a violência extremista que dura há uma década, disseram hoje as autoridades.

Soldado nigeriano efetuou disparos em base militar e matou duas pessoas
Notícias ao Minuto

18:46 - 18/11/22 por Lusa

Mundo Damboa

Um porta-voz do Exército nigeriano, Samson Nantip Zhakom, disse que as tropas na base de Damboa, na província de Borno, tomaram medidas para "neutralizar imediatamente" o soldado não identificado, acrescentando que o agressor foi abatido.

Um piloto de helicóptero do Serviço de Ajuda Humanitária da ONU ficou ferido em consequência dos disparos e está hospitalizado em condição estável, adiantou Zhakom.

"Uma investigação detalhada e ações corretivas subsequentes foram iniciadas para este muito lamentável incidente", disse Zhakom.

O trabalhador humanitário morto trabalhava para a organização não-governamental Médicos do Mundo, de acordo com a ONU na Nigéria.

O incidente chocou as organizações humanitárias no nordeste da Nigéria, onde agentes humanitários continuam a garantir assistência para salvar as vidas de milhões de pessoas afetadas pela insurgência de extremistas islâmicos.

O tiroteio levou o serviço aéreo da ONU -- que transporta trabalhadores humanitários e suprimentos na região problemática -- a suspender imediatamente as operações de helicóptero na área.

O assassínio do trabalhador humanitário é "profundamente perturbador e triste", disse Matthias Schmale, coordenador humanitário da ONU na Nigéria.

"Toda a equipa humanitária que trabalha no nordeste da Nigéria merece todo o nosso respeito pela sua coragem e compromisso de ficar e prestar assistência vital a pessoas necessitadas em circunstâncias muitas vezes difíceis e perigosas. Os trabalhadores humanitários devem ser protegidos", frisou Schmale.

Sabe-se pouco sobre o militar agressor ou a sua motivação para o ataque, embora no passado analistas tenham levantado preocupações sobre o bem-estar mental de alguns dos efetivos de segurança que combatem o extremismo islâmico.

Alegações de abusos de direitos humanos cometidos por soldados também são abundantes, especialmente de residentes que vivem perto deles.

"O problema psicológico -- o trauma e tudo mais -- pode ter algo a ver com isso, mas, por outro lado, os soldados comportam-se muito mal com suas armas", disse Jack Vince, analista de segurança, baseado no estado de Borno.

Leia Também: Mais de 130 milhões de pessoas vivem na pobreza na Nigéria

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