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Discussão e tensões. Quem é quem em mais uma cimeira da Ásia-Pacífico?

Decorre, entre sexta-feira e sábado, mais uma cimeira de líderes da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC). Líderes das principais economias mundiais reúnem-se para discutir comércio internacional, mas também as tensões na península coreana e no estreito de Taiwan.

Discussão e tensões. Quem é quem em mais uma cimeira da Ásia-Pacífico?

Vinte e um líderes mundiais reúnem-se, esta sexta-feira e amanhã, sábado, em Banquecoque, na Tailândia, para mais uma cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês). Mal tinha começado o evento e logo o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte, que caiu a apenas 200 quilómetros do Japão, obrigou a uma reunião de emergência, antevendo uma cimeira que se prevê recheada de assuntos e polémicas.

Pouco tempos depois da cimeira do G20 em Bali, na Indonésia, altos cargos da Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Singapura, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos e Vietnam estão, agora, reunidos no sudeste asiático.

O tema principal é o comércio internacional, mas também as tensões no estreito de Taiwan e na península coreana estarão na 'ementa' para os próximos dois dias.

A APEC é um fórum económico regional, estabelecido em 1989, que visa a promoção da integração económica na região Ásia-Pacífico, que representa 38% da população global, 62% do PIB e 48% do comércio.

Quem é quem em Banguecoque?

Dos 21 'altos cargos' mundiais presentes na capital tailandesa, destaca-se a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o presidente chinês, Xi Jinping, o vice-primeiro-ministro russo, Andrei Belousov, o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau e o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo.

Harris já alçou a voz em crítica do lançamento de um míssil pelo regime de Pyongyang, considerando-o uma "violação descarada" das resoluções das Nações Unidas sobre a península. Em seguida, a vice-presidente norte-americana declarou, no entanto, que os Estados Unidos têm um "compromisso económico duradouro" com a região do Indo-Pacífico.

Os Estados Unidos são um dos principais protagonistas desta cimeira, principalmente após a tensão que a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, a Taiwan causou.

Por sua vez, Xi Jinping é também um forte candidato a fazer manchetes durante este evento, tendo já, na quinta-feira, tido conversações com o primeiro-ministro japonês. Segundo a Reuters, Xi foi citado pela emissora estatal chinesa CCTV como tendo dito a Kishida que a China e o Japão devem aprofundar a confiança, bem como as áreas de cooperação e integração regional, resistindo a qualquer "conflito e confronto".

Xi Jinping protagonizou um polémico momento recentemente, na cimeira do G20, quando, aparentemente, deu um 'puxão de orelhas' ao primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, acusando-o de ter revelado informações de uma reunião privada entre ambos aos meios de comunicação. Em Banquecoque, portanto, todos os olhos estarão sobre Xi e Trudeau, atentos a um eventual 'segundo round'.

E como não há dois sem três, estima-se também que as tensões estejam altas em torno de Andrei Belousov, representante do Kremlin em Banguecoque, sob alta pressão internacional devido à invasão russa da Ucrânia. Numa outra cimeira da APEC este ano, por exemplo, os representantes dos Estados Unidos e de outros países abandonaram uma reunião, em protesto contra a guerra, numa altura em que o ministro da Economia russo, Maxim Reshetnikov, falava.

Leia Também: Macron faz apelo em cimeira contra hegemonia e confronto na Ásia Pacífico

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