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Assembleia Parlamentar da NATO arranca em Madrid. Ucrânia domina agenda

A sessão deste ano da Assembleia Parlamentar da NATO arranca hoje em Madrid com a guerra na Ucrânia no centro da agenda e poucos dias depois de um míssil, provavelmente da defesa antiaérea ucraniana, ter atingido a Polónia.

Assembleia Parlamentar da NATO arranca em Madrid. Ucrânia domina agenda
Notícias ao Minuto

06:25 - 18/11/22 por Lusa

Mundo NATO

Depois de, em 2021, ter decorrido em Lisboa, a sessão de 2022 da Assembleia Parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, a aliança de defesa entre países europeus e norte-americanos) reúne-se entre hoje e segunda-feira na capital espanhola.

Nesta 68.ª sessão anual, segundo o programa oficial, a Assembleia Parlamentar da NATO vai reafirmar a solidariedade com a Ucrânia e salientar o compromisso com a defesa de todos os 30 países da organização, poucos dias depois de a Polónia, um dos Estados-membros, ter sido atingida por um míssil que, segundo as autoridades norte-americanas e polacas, deverá ter sido lançado por um sistema de defesa antiaérea ucraniano.

O Governo de Kiev, no entanto, rejeita que o míssil, que matou duas pessoas, tenha sido lançado da Ucrânia, insiste em que é russo e pede para ter acesso às provas que levam a concluir que teve origem num sistema de defesa da Ucrânia e que foi disparado para abater mísseis de cruzeiro da Rússia, que na terça-feira foram lançados de forma massiva sobre território ucraniano.

A Ucrânia, alvo de um ataque militar da Rússia desde fevereiro, quer ainda integrar um grupo de investigação internacional sobre este incidente.

Uma das intervenções previstas no plenário da 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO em Madrid é do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que deverá falar, por videoconferência, na segunda-feira.

Além disso, será também entregue nestes dias em Madrid o segundo "Women for Peace and Security Award" (Prémio Mulheres pela Paz e Segurança) à vice-primeira-ministra ucraniana, Olha Stefanishyna, depois de em 2021 ter sido concedido à presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

Para além da Ucrânia, os processos de adesão à NATO da Finlândia e da Suécia estão também na agenda, numa altura em que falta o aval da Hungria e da Turquia para que os dois países nórdicos entrem na organização.

Entre outros temas que deverão ser abordados pelos delegados, encontra-se a região do Indo-Pacífico -- após a reunião, na segunda-feira, entre os Presidentes dos Estados Unidos e da China --, o reforço da relação euro-atlântica, o terrorismo, e questão das migrações e dos refugiados.

As delegações deverão também abordar as conclusões da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da NATO, que decorreu em junho em Madrid, e designadamente o novo Conceito Estratégico da Aliança, aprovado na altura.

A Assembleia Parlamentar da NATO integra 269 deputados dos 30 países da Aliança e outros 100 membros de estados parceiros.

As primeiras reuniões do encontro deste ano decorrem hoje, em Madrid, mas as sessões abertas e com cobertura mediática só começam no sábado, com uma conferência de imprensa do presidente da assembleia, o congressista norte-americano Gerald E. Connolly.

No sábado e domingo decorrerão as sessões das diversas comissões e na segunda-feira haverá o plenário, no qual, além de Zelensky, falarão o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez.

A delegação portuguesa integra sete deputados: Marcos Perestrello, Joana Sá Pereira, Dora Brandão e Diogo Leão, do PS, e Olga Silvestre, António Prôa e Adão Silva, do PSD, sendo presidida por este último.

Leia Também: Ucrânia diz que "tortura" em Kherson é pior do que em outras regiões

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