Procurar

Chega ao fim ajuda nos combustíveis em França: "Não consigo encher"

Com o fim da ajuda do Estado que continha os preços dos combustíveis em França, os automobilistas acordaram hoje com o litro do gasóleo nos dois euros e cinco cêntimos, o valor mais elevado dos últimos meses.

Chega ao fim ajuda nos combustíveis em França: "Não consigo encher"

© GUILLAUME SOUVANT/AFP via Getty Images

Lusa
16/11/2022 22:38 ‧ há 2 anos por Lusa

"Da última vez, paguei 1,80 euros e mais algum... Aumentou tudo, pão, óleo, gasolina. Mas as pessoas não falam nada, aguentam. É um estado de ladrões", reclama Paul Orlowski, reformado de 82 anos, enquanto abastece num posto de combustível em Paris.

Paul Orlowski conta ainda à agência France-Presse que não não encherá completamente o tanque do seu carro pequeno: "Coloquei vinte euros para não parar, mas não consigo encher".

Os preços dos combustíveis voltaram a subir fortemente hoje em França, com uma redução drástica do desconto do estado, que chegou aos 30 cêntimos por litros desde 01 de setembro e de 20 cêntimos, concedido pela TotalEnergies nos seus postos. Ambos foram agora reduzidos para 10 cêntimos.

Esta quarta-feira de manhã a gasolina 95 sem chumbo estava a 1,87 euros numa estação nos arredores da capital francesa.

Os últimos dias foram de correria às estações de combustível, de forma a aproveitarem as últimas horas de descontos mais acentuados.

Muitos postos ficaram sem pelo menos um tipo de combustível e alguns esgotaram completamente, principalmente em Ile-de-France e Auvergne-Rhône-Alpes, no sudeste da França.

Os descontos de 10 cêntimos vão manter-se até 31 de dezembro. Em 2023, o Governo prevê atribuir auxílios direcionados aos motoristas "que lutam para sobreviver", sublinhou o ministro das Contas Públicas, Gabriel Attal.

Mas para Rachid Chelbi, taxista parisiense que abastece quatro vezes por semana, o Estado devia continuar a "colocar a mão na massa".

Do outro lado da mesma avenida, noutro posto de combustível, uma médica italiana, de 34 anos, manifestou-se "dececionada" com o aumento dos preços.

"Trabalho entre dois hospitais na Ile-de-France, de difícil acesso por transporte público e, claro, eles não me pagam a gasolina. É horrível. Quero voltar para a Itália, a qualidade de vida ficou insuportável aqui", confessou.

Leia Também: França "apoia a plena integração da União Africana no G20", diz Macron

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10