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Alemanha vai anunciar retirada dos seus militares do Mali

A Alemanha tenciona retirar os seus militares do Mali "o mais tardar no final de 2023", terminando a sua participação na missão das Nações Unidas naquele país (Minusma), anunciou hoje fonte governamental alemã, que pediu para não ser identificada.

Alemanha vai anunciar retirada dos seus militares do Mali
Notícias ao Minuto

20:24 - 16/11/22 por Lusa

Mundo Mali

A decisão foi objeto de um acordo de princípio no seio do executivo alemão e o anúncio oficial deverá ser feito na próxima terça-feira, acrescentou a fonte, citada pela agência France-Presse.

Cerca de 1.100 militares alemães participam atualmente na Minusma, criada em 2013 para reforçar a segurança no país africano devido às ações de grupos fundamentalistas islâmicos.

Vários países já reexaminaram a sua participação na Minusma devido ao aumento da instabilidade.

Os países ocidentais denunciam, designadamente, a presença de mercenários da empresa paramilitar russa Wagner, cuja presença foi solicitada pela junta militar no poder em Bamaco.

O mandato das tropas alemãs no Mali termina em maio de 2023 e durante o prolongamento, decidido pelo parlamento da Alemanha na passada primavera, os deputados introduziram pela primeira vez uma cláusula que prevê a retirada do contingente no caso da segurança dos militares não possa ser garantida.

A cidade de Gao, no leste do Mali, acolhe o principal quartel alemão, com as forças alemãs a participarem, designadamente, na proteção do aeroporto.

Os voos de reconhecimento das forças armadas alemãs, para assegurar a segurança das suas patrulhas, foram várias vezes interrompidos em outubro passado devido à tensão com as autoridades malianas ou problemas administrativos.

Em meados de agosto, o Governo alemão disse ter informações segundo as quais os russos estavam presentes no aeroporto de Gao.

O Reino Unido e a Costa do Marfim anunciaram esta semana a retirada em breve dos respetivos contingentes militares estacionados no Mali.

A França, principal potência que intervém militarmente no Mali, designadamente através da força Barkhane, decidiu em fevereiro retirar no verão os seus efetivos militares, após cerca de 10 anos de intervenção.

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