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Exército nega avanços do grupo terrorista Estado Islâmico em Ménaka

O exército do Mali negou alegados avanços do grupo terrorista Estado Islâmico no Grande Sahara (ISGS) na região de Ménaka e salientou que continua a realizar operações na área, onde a segurança tem vindo a deteriorar-se nos últimos meses.

Exército nega avanços do grupo terrorista Estado Islâmico em Ménaka
Notícias ao Minuto

16:35 - 08/11/22 por Lusa

Mundo Mali

O diretor de relações públicas das forças armadas do Mali, Souleymane Dembélé, afirmou que os militares "realizam patrulhas regulares na cidade de Ménaka", localizada na fronteira com o Níger.

"Se um dia encontrarmos membros do ISGS, iremos combatê-los como o resto dos terroristas", disse.

Dembélé salientou, também, que as forças armadas mantêm a dinâmica "ofensiva" contra os grupos terroristas que operam no país africano, que incluem também a filial da Al-Qaida no país, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (JNIM).

Desta forma, assegurou que, desde outubro, mais de 130 suspeitos foram "neutralizados", enquanto outros 120 foram detidos, em operações que também resultaram na apreensão de armas, munições e outro material militar e logístico.

O diretor rejeitou, ainda, as acusações de que 50 civis foram executados na cidade de Gueldié por militares e mercenários do Grupo Wagner, fundado por um oligarca próximo do presidente russo, Vladimir Putin, que apoia Bamako na sua luta contra grupos terroristas.

Contudo, Dembélé afirmou que o exército tinha de facto "neutralizado" 15 alegados terroristas durante a operação e que esta foi levada a cabo com base em informações "precisas", conforme o portal de notícias maliano aBamako tinha noticiado.

"Não estamos a trabalhar com o Wagner, mas com trabalhadores humanitários do exército russo no quadro de uma parceria bilateral histórica entre os dois Estados", esclareceu.

Ménaka foi palco de combates em outubro entre os grupos terroristas ISGS e JNIM pelas suas disputas pelo controlo de territórios na região, forçando milhares de pessoas a fugir para zonas mais seguras do país africano.

As declarações do exército surgem a meio dos planos dos sindicatos da cidade de Gao, no Mali, para lançar uma greve de dois dias face à crescente insegurança e após uma importante milícia pró-governamental ter apelado na segunda-feira à comunidade tuaregue para pegar em armas contra os terroristas do Estado Islâmico, de acordo com a BBC.

O presidente do Níger, Mohamad Bazoum, advertiu em setembro que "é muito provável" que o ISGS assuma o controlo da cidade de Ménaka e observou que "a situação na região de Ménaka degradou-se totalmente após a partida de 'Barkhane'", referindo-se à missão militar francesa no Mali.

O Mali, tal como outros países do Sahel, tem sofrido nos últimos anos um número crescente de ataques terroristas, tanto da filial da Al-Qaida na região, como do grupo fundamentalista Estado Islâmico, o que também levou a um aumento da violência intercomunitária e à deslocação de dezenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Seis 'capacetes azuis' togoleses feridos em explosão no Mali

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