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Uganda confirma bombardeamentos contra um "grande campo terrorista"

As forças armadas ugandesas realizaram vários bombardeamentos contra um "grande campo terrorista" do grupo das Forças Democráticas Aliadas, que jurou fidelidade ao grupo Estado Islâmico, no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), disse o Presidente, Yoweri Museveni.

Uganda confirma bombardeamentos contra um "grande campo terrorista"
Notícias ao Minuto

16:21 - 07/11/22 por Lusa

Mundo Uganda

O chefe de Estado ugandês afirmou, numa declaração publicada na sua página oficial, que o ataque foi realizado na sexta-feira "com a permissão do Governo da RDCongo" e salientou que "é importante que os africanos e o povo da África Oriental conheçam a capacidade que a África tem para ajudar a resolver estes problemas crónicos de segurança".

"Este local está além do limite de exploração acordado com o Governo congolês", explicou, referindo-se ao acordo alcançado entre Kampala e Kinshasa para a realização de operações conjuntas contra o grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas (ADF) face ao recrudescimento dos ataques do grupo nos últimos meses.

Salientou, assim, que na área de operações conjuntas "todos os campos identificados pelos trabalhos de reconhecimento foram destruídos, matando muitos terroristas e capturando outros, bem como libertando a população aterrorizada da zona".

"Por tudo isto, temos trabalhado com o irmão exército congolês. É por isso que o inimigo, em desespero, fugiu para além do limite da exploração. Os terroristas ignorantes não sabem que em minutos, não em horas, podemos alcançá-los com fogo mortal em muitas áreas para além da linha de fronteira", argumentou Museveni.

O Presidente ugandês salientou que o grupo das ADF "recebeu a sua merecida recompensa" e comprometeu-se a trabalhar com Kinshasa para continuar estas operações. "Parabéns ao exército ugandês e felicitações ao Governo e ao exército da RDCongo", acrescentou.

Os governos da RDCongo e do Uganda assinaram um acordo de defesa e segurança em dezembro de 2021 para estas operações nas províncias congolesas de Ituri e Kivu do Norte, após o Estado Islâmico na África Central (ISCA), ao qual as ADF prometeram fidelidade, ter reclamado uma série de ataques no Uganda.

As ADF, um grupo ugandês criado nos anos 1990 que era particularmente ativo no leste da RDCongo e acusado de matar centenas de civis nesta parte do país, podem estar a tentar voltar a operar no Uganda, de onde se retiraram em 2003, após uma série de operações militares que reduziram drasticamente a sua capacidade de realizar ataques no país.

O grupo rebelde sofreu uma cisão em 2019 após Musa Baluku - sancionado pela Organização das Nações Unidas e pelos Estados Unidos da América - ter jurado fidelidade ao ISCA, sob cujo estandarte tem operado desde então. Baluku sucedeu a Jamil Mukulu como líder do grupo após a sua prisão em 2015 na Tanzânia.

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