Oposição alemã pede penas mais duras para crimes de ativistas ambientais
A União Democrática Cristã (CDU) da Alemanha defendeu hoje a necessidade de endurecer sanções, incluindo penas de prisão, para ações criminosas de protesto cometidas por ativistas de grupos ambientalistas.
© Nicolas Armer/picture alliance via Getty Images
Mundo Alemanha
Nas últimas semanas, obras de arte em museus de Berlim, Londres, Roma, Amsterdão e Madrid foram atacadas com sopa de tomate, puré de batatas, puré de ervilhas ou sangue falso, e, na Alemanha, alguns grupos de ativistas têm cortado estradas, provocando distúrbios no trânsito.
A CDU - que está na oposição ao Governo de coligação na Alemanha - vai apresentar uma iniciativa legislativa no Parlamento, na próxima semana, que prevê penas de prisão curtas para quem intencionalmente corte o trânsito ou obstrua o trânsito de serviços de emergência, bombeiros ou viaturas policiais.
A proposta prevê ainda a possibilidade de prisão preventiva em caso de risco de reincidência e penas mais severas por ações que provoquem dano ou destruição de bens culturais, até agora sancionadas com multa.
Os ativistas "não podem ter licença para cometer crimes", argumentou o porta-voz da CDU no Parlamento, Alexander Dobrindt, em declarações ao jornal Bild am Sonntag, que defendeu que o endurecimento das sanções pode ajudar a "conter uma maior radicalização destes movimentos ambientalistas".
Um dos incidentes mais criticados foi aquele em que um ciclista morreu, na quinta-feira, após ser atropelado por um camião em Berlim.
Por causa de um bloqueio de estrada de ambientalistas, a ambulância de socorro não conseguiu chegar ao locar do acidente, embora fontes médicas tenham reconhecido que pouco poderia ter sido feito para salvar a vida do ciclista.
Só em Berlim há 700 processos judiciais abertos contra ativistas em defesa do ambiente e duas acusações criminais contra dois deles por participação no bloqueio de estrada, alegando crime de negação de ajuda.
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