Angola paga anualmente mais de 800 milhões de euros para importar grãos

O Governo angolano gasta, por ano, cerca de 791 milhões de dólares (811 milhões de euros) na importação de milho, arroz, trigo e soja, adiantou hoje o diretor do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério da Agricultura e Florestas.

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Lusa
03/11/2022 17:33 ‧ 03/11/2022 por Lusa

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Angola

Segundo Anderson Jerónimo, que falava no programa Angola em Direto da Rádio Nacional de Angola, que abordou o tema "O Planagrão na Garantia da Segurança Alimentar em Angola", o Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (Planagrão) tem o valor de cerca de 5,9 mil milhões de dólares (6,05 mil milhões de euros) para ser implementado em cinco anos.

O programa de Grãos, que contempla o Planagrão, contém os pressupostos para a implementação das ações que visam o fomento para a produção e o aprovisionamento de quatro grãos prioritários, no período 2022-2027, nomeadamente o milho, arroz, trigo e a soja, para reduzir a importação destes produtos.

O diretor do gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério da Agricultura e Florestas frisou que 40% do plano contempla ações de âmbito público, nomeadamente infraestruturas, vias, investigação, e os restantes 60% para a intervenção de privados, via Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) para financiamento dos produtores.

"O executivo entende que é preciso dar condições de crédito diferenciadas para essa linha", referiu Anderson Jerónimo, salientando que são requisitos de acesso ao financiamento empresários formalizados e com "capacidade de ir à banca, que têm foco".

"Nós olhamos para a nossa balança de importação, [analisamos] o que é que a população hoje come, onde é que estamos a gastar mais, olhamos para os números da importação e com base nesse número das importações tomou-se essa decisão", sublinhou.

De acordo com o responsável, o país está a gastar, anualmente, cerca de 791 milhões de dólares a importar esses alimentos.

"Em 2021, nós tivemos um custo do arroz de 263 milhões de dólares [270 milhões de euros], o trigo 305 milhões de dólares [312 milhões de euros]. Vamos produzir aquilo que é possível", disse.

Leia Também: Acordos sobre cereais permitem escoar dez milhões de toneladas

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