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Grupo de apoiantes de Bolsonaro atropelados em São Paulo. Há 10 feridos

Das 10 pessoas que ficaram feridas no atropelamento, duas são jovens de 11 e 12 anos e três polícias. Motorista já foi detido.

Grupo de apoiantes de Bolsonaro atropelados em São Paulo. Há 10 feridos
Notícias ao Minuto

21:30 - 02/11/22 por Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa

Mundo Brasil

Um grupo de apoiantes do presidente cessante do Brasil, Jair Bolsonaro, foi, esta quarta-feira, atropelado por um carro durante um bloqueio na Rodovia Washington Luís, em Mirassol, no estado brasileiro de São Paulo.

Segundo o jornal brasileiro G1, que cita fonte policial, o carro avançou sobre o grupo numa tentativa de passar pelo bloqueio. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas.

Das 10 pessoas que ficaram feridas no atropelamento, duas são jovens de 11 e 12 anos e três polícias.

Duas pessoas tiveram de ser transferidas para o Hospital de Base de Rio Preto. Alguns manifestantes, de seguida, procuraram agredir o motorista do carro. O condutor foi detido e encaminhado para a esquadra.

Nas redes sociais são vários os vídeos que mostram o momento do atropelamento e o veículo a ser cercado por manifestantes.

As manifestações de hoje, um feriado público no Brasil, seguiram-se a protestos maciços de camionistas alinhados com o pró-Bolsonarismo, que desde segunda-feira bloquearam cerca de 600 autoestradas em todo o país para protestar contra a vitória de Lula.

Hoje, de acordo com a Polícia Rodoviária, os bloqueios persistiram em cerca de 150 pontos em 15 dos 27 estados do país e em muitos casos foram apenas parciais, obstruindo mas não bloqueando completamente o tráfego.

Em alguns locais, como na cidade paulista de Baruerí, as estradas foram libertadas por uma intervenção firme da polícia, que dispersou os camionistas com gás lacrimogéneo, mas sem quaisquer confrontos ou baixas.

Jair Bolsonaro pronunciou-se sobre o resultado das eleições na terça-feira, dois dias depois de a contagem oficial determinar a vitória de Lula da Silva por uma margem muito estreita de 1,8 pontos percentuais.

Enquanto Bolsonaro se calava, os seus simpatizantes mais extremistas deram início ao movimento que exige um golpe militar das Forças Armadas para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o atual presidente no poder.

No entanto, os manifestantes foram contrariados pelo próprio Bolsonaro na sua declaração, apesar de ter dito que o "movimento popular" foi "resultado da indignação e do sentimento de injustiça pelo desenrolar do processo eleitoral".

Mesmo assim, Jair Bolsonaro afirmou que "manifestações pacíficas serão sempre bem-vindas", mas reforçou que seus métodos "não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como a invasão de propriedade ou a destruição de património", e ressaltou que ninguém pode impedir "o direito de ir e vir". 

Com 100% dos votos contados, Luiz Inácio Lula da Silva venceu as presidenciais de domingo por uma margem estreita, recebendo 50,9% dos votos, contra 49,1% para Jair Bolsonaro, que procurava obter um novo mandato de quatro anos.

[Notícia atualizada às 22h04]

Leia Também: 'Vice' de Bolsonaro sobre eleições: "Agora não adianta mais chorar"

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