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UE saúda fim de hostilidades entre Adis Abeba e Tigray e oferece apoio

O presidente do Conselho Europeu saudou hoje o acordo entre o Governo etíope e os rebeldes do Tigray para fim das hostilidades na região norte da Etiópia, em conflito há dois anos, disponibilizando apoio da União Europeia (UE).

UE saúda fim de hostilidades entre Adis Abeba e Tigray e oferece apoio

© Getty Images

Lusa
02/11/2022 19:14 ‧ há 2 anos por Lusa

"Saúdo o acordo sobre a cessação das hostilidades na Etiópia graças à mediação da União Africana", reagiu Charles Michel, numa publicação na rede social Twitter.

Horas depois do anúncio do acordo, o responsável salientou que "a UE está pronta para apoiar os próximos passos", numa altura em que, a seu ver, deve ser dada "prioridade para assegurar assistência humanitária e restaurar os serviços básicos".

"A implementação [deste acordo] é crucial", sendo este "importante para consolidar o primeiro passo para uma paz e reconciliação duradouras", salientou Charles Michel.

O Governo etíope e os rebeldes do Tigray concordaram com uma "cessação das hostilidades" na região norte da Etiópia, em conflito há dois anos, nas conversações de paz em Pretória, anunciou hoje o mediador da União Africana (UA).

"As duas partes do conflito etíope concordaram formalmente em cessar as hostilidades", disse Olusegun Obasanjo, o alto representante da UA para o Corno de África, numa conferência de imprensa em Pretória, na África do Sul, onde decorriam, desde 25 de outubro, as conversações de paz.

O responsável avançou que o Governo do primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, e as autoridades do Tigray chegaram também a acordo para um "desarmamento ordenado, suave e coordenado", juntamente com o "restabelecimento da lei e da ordem", o "restabelecimento dos serviços" e o "acesso sem entraves aos fornecimentos humanitários".

A guerra, que cumpre dois anos na sexta-feira, registou abusos de ambos os lados.

O conflito deixou a região isolada, com comunicações e ligações de transporte em grande parte cortadas.

Até meio milhão de pessoas foram mortas, de acordo com as Nações Unidas.

Mais de dois milhões de etíopes foram deslocados e centenas de milhares foram mergulhados em condições de quase inanição.

A Eritreia, que lutou ao lado da vizinha Etiópia, não fez parte das conversações de paz, pelo que se desconhece até que ponto o seu governo profundamente repressivo, que há muito considerava as autoridades do Tigray uma ameaça, irá respeitar o acordo.

As forças eritreias foram acusadas de terem cometido alguns dos piores abusos do conflito, incluindo violações de gangues e testemunhas descreveram mortes e pilhagens pelas forças eritreias mesmo durante as conversações de paz.

A guerra intensificou-se nas últimas semanas depois de novos combates terem eclodido em agosto, após uma trégua humanitária de cinco meses acordada entre as partes.

O conflito estalou em 04 de novembro de 2020 após um ataque da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF, na sigla em inglês) à base principal do exército em Mekelle, na sequência do qual o Governo de Abiy Ahmed ordenou uma ofensiva contra o grupo após meses de tensões políticas e administrativas.

Leia Também: Tréguas no Tigray são "um primeiro passo bem-vindo"

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