Ativistas ambientais pintam edifícios governamentais em Londres
O movimento Just Stop Oil tem procurado alertar de forma mais criativa para a falta de políticas que combatam com mais firmeza as alterações climáticas.
© Twitter/Just Stop Oil
Mundo Crise Climática
A cidade de Londres acordou com alguns tons de laranja esta segunda-feira de manhã, depois de ativistas do movimento ambientalista Just Stop Oil terem pintado com tinta as fachadas dos edifícios do Ministério do Interior, do Banco de Inglaterra, do MI5 (o serviço secreto doméstico) e da Newscorp, um dos maiores grupos de comunicação do Reino Unido.
À semelhança do que tem acontecido por todo o mundo, os ativistas procuram, através do vandalismo de locais públicos, alertar para a maior preocupação das autoridades com a aparência de grandes e lucrativas instituições, em vez de se preocuparem com uma rápida e eficaz transição energética.
Através do Twitter, o movimento "exige que o governo pare as novas concessões e licenças de petróleo e gás".
"Os edifícios foram escolhidos por representarem os quatro pilares que suportem e mantenham o poder da economia dos combustíveis fósseis - governo, segurança, finanças e média", aponta o movimento. Um porta-voz acrescentou que os ativistas "não estão preparados para ficar a olhar enquanto tudo o que amamos é destruído, enquanto pessoas vulneráveis passam fome e empresas de combustíveis fósseis e os ricos lucram com a nossa miséria".
They are demanding that the Government halts all new oil and gas consents and licences.
— Just Stop Oil ️ (@JustStop_Oil) October 31, 2022
The buildings were chosen to represent the four pillars that support and maintain the power of the fossil fuel economy — government, security, finance and media. pic.twitter.com/Z2oilojYra
Segundo o jornal britânico Independent, os ativistas foram detidos pela polícia londrina. A Scotland Yard, a polícia britânica escreveu no Twitter que os manifestantes "foram detidos por suspeitas de danos criminosos".
Nas últimas semanas, o movimento Just Stop Oil tornou-se conhecido pelos 'ataques' a obras de arte, como os quadros 'A Rapariga do Brinco de Pérola' e 'Girassóis', duas obras reputadas dos pintores neerlandeses Vermeer e Van Gogh, respetivamente.
Na semana passada, duas pessoas entraram no museu de figuras de cera Madame Tussauds, e atiraram bolo à figura do rei Carlos III. Outros ativistas têm optado por formas de protesto mais físicas e duras, colando-se a quadros ou mesmo à estrada, para obrigar a paragem do trânsito.
Os ativistas têm deixado claro que sabem que os quadros 'atacados' estão protegidos por camadas e películas protetoras - os protestos servem, assim, para sinalizar para o choque sentido com o vandalismo simulado de obras de arte, mas não com a falta de políticas para combater as alterações climáticas.
O Just Stop Oil anunciou que vai protestar durante todos os dias do mês de outubro e poderá estender o período de protesto, até que o governo britânico pare novos acordos de petróleo e gás natural.
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