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Berlim analisa compra de uma fábrica de semicondutores pela China

A Alemanha está a "analisar" um projeto de aquisição de uma fábrica de semicondutores de uma empresa sueca que é detida pela China, afirmou hoje uma fonte governamental alemã.

Berlim analisa compra de uma fábrica de semicondutores pela China
Notícias ao Minuto

22:26 - 27/10/22 por Lusa

Mundo Alemanha

De acordo com o jornal de negócios Handelsblatt, aquisição da fábrica de Elmos pela sueca Silex, propriedade do grupo chinês Sai MicroElectronics, deverá ser aprovada na próxima semana.

"A análise prossegue e ainda não foi concluída", disse à Afp fonte do governo alemão.

Ao contrário do caso do aumento de capital do armador chinês Cosco num terminal de contentores em Hamburgo, o chanceler Olaf Scholz e o Ministério da Economia concordaram desta vez em dar "luz verde" à transação, segundo o jornal Handelsblatt.

Para estes políticos, a tecnologia da Elmos "está desatualizada" e "não há perigo de perda nesta área de negócio.

No entanto, o serviço de inteligência alemão, que está sob a tutela do Ministério do Interior, terá desaconselhado a aprovação da compra do negócio.

Não se trata é apenas de uma questão de 'know-how', mas da capacidade de produção, salienta ainda o jornal alemão.

Atualmente, a China está a comprar a capacidade industrial de forma direcionada a pressionar os países, alertou também o jornal.

A Elmos, que produz semicondutores principalmente para a indústria automóvel, anunciou no final de 2021 que venderia a sua fábrica de chips, em Dortmund, na Alemanha, por 85 milhões de euros à Silex.

Na quarta-feira, o Governo alemão, por sua vez, aprovou um polémico investimento da Cosco no terminal portuário de Hamburgo, mas neste caso limitou a participação do capital vendido para evitar que o grupo chinês tivesse alguma intervenção nas decisões estratégicas da empresa.

O compromisso estabelecido visa silenciar as críticas ao chanceler Olaf Scholz, na Alemanha e na União Europeia, pelo seu presumível apoio a este investimento.

A UE tem vindo a atribuir uma maior importância à proteção das infraestruturas críticas, em particular desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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