A porta-voz do NPA, Phindi Mjonondwane, anunciou hoje que as acusações de violação, agressão sexual e assalto à mão armada contra os 14 homens, incluindo um menor de 16 anos, foram retiradas porque "as amostras de ADN das vítimas não vincularam os acusados ao alegado crime".
Todavia, a porta-voz do NPA referiu à imprensa sul-africana que os acusados enfrentam na justiça sul-africana acusações de permanência ilegal no país.
Pelo menos seis imigrantes moçambicanos, incluindo um menor de 16 anos, encontram-se entre os 14 indivíduos acusados que foram absolvidos do crime de violação pelo Tribunal de Magistrados de Krugersdorp na manhã de hoje, segundo o NPA.
A polícia sul-africana deteve pelo menos 81 pessoas, na sua maioria imigrantes indocumentados, nas primeiras 48 horas após o alegado incidente de violação coletiva de oito mulheres numa mina abandonada na localidade de West Village, em Krugersdorp, em julho.
Segundo a polícia sul-africana, trata-se alegadamente de trabalhadores mineiros ilegais conhecidos localmente por Zama Zama, oriundos de vários países africanos, nomeadamente de Moçambique, Zimbabué, Maláui e Lesoto.
Pelo menos 43 moçambicanos foram detidos na sequência do alegado incidente de violação coletiva, anunciou fonte da polícia sul-africana.
A alegada violação coletiva de oito mulheres originou uma onda de protestos populares violentos na província mineira sul-africana de Gauteng, envolvente a Joanesburgo, onde centenas de moradores se juntaram às forças policiais, acusando os Zama Zama pelo elevado nível de criminalidade na província.
Um gangue armado invadiu, em 28 de julho, um local onde estavam a decorrer as filmagens de um videoclipe, numa mina abandonada próximo de Krugersdorp, e violou alegadamente as oito jovens raparigas que faziam parte do elenco. A equipa de filmagem foi também assaltada, segundo a imprensa local.
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