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Juncker recebe advertências sobre posições eurocépticas e extremistas

O candidato do Partido Popular Europeu (PPE) à presidência da Comissão Europeia recebeu hoje críticas de outros candidatos sobre posições eurocépticas e extremistas de dirigentes pertencentes à sua família política, ripostando que nunca dialogará com partidos anti-europeus.

Juncker recebe advertências sobre posições eurocépticas e extremistas
Notícias ao Minuto

21:36 - 28/04/14 por Lusa

Mundo PPE

"Eu não debaterei com eles, não dialogarei com eles, com [partidos] que não partilham os nossos valores e que são contra. Essas famílias políticas nunca entrarão numa grande coligação", afirmou Jean-Claude Juncker, durante um debate com outros três candidatos à liderança do executivo comunitário, enquanto se discutiam as questões do eurocepticismo e da xenofobia na Europa.

O luxemburguês foi interpelado em particular sobre declarações recentes de Silvio Berlusconi, que no fim de semana afirmou que alemães consideram que os campos de concentração nunca existiram, e rejeitou-a em absoluto.

"Sou um homem de valores e de princípios, que não aceita esse tipo de declarações", disse, antes de receber advertências da candidata dos "Verdes" e dos Liberais sobre posições de dirigente da sua família política o PPE.

Guy Verhofstadt, candidato pelos Liberais, criticou a ideia de "fechar as fronteiras aos emigrantes" e defendeu a criação de um mecanismo de mobilidade "sério" a nível europeu.

"Temos um problema, no PPE há partidos eurocépticos, ouvimos o que Berlusconi disse há dois dias, e vemos Viktor Orban [Hungria], que quer mudar a Constituição sempre que precisa de ser reeleito. As escolhas fazem-se aí, não podes continuar com pessoas dessas", afirmou, dirigindo-se a Juncker.

A candidata dos "Verdes", Ska Keller, atacou os partidos de centro-direita "que assumem 'slogans' da extrema-direita para ganhar votos" e defendeu que é preciso "não ter medo de os confrontar", lembrando votos no Parlamento Europeu "contra os direitos das mulheres e dos homossexuais".

Martin Schulz, por seu lado, considerou ser preciso "mobilizar a maioria democrática que existe na Europa" para "evitar que esses movimentos que fomentam o ódio, a xenofobia e o antissemitismo" cresçam eleitoralmente.

"É inaceitável que um partido nazi se possa sentar no próximo Parlamento Europeu", declarou.

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