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Milhares assistem a funeral de palestinianos mortos em ataques israelitas

Milhares de pessoas assistiram ao funeral de cinco palestinianos mortos esta madrugada numa operação do exército israelita contra um grupo de jovens combatentes envolvidos em ataques na Cisjordânia ocupada.

Notícias ao Minuto

15:44 - 25/10/22 por Lusa

Mundo Palestina

Uma multidão compacta de vários milhares de pessoas, incluindo atiradores encapuzados a disparar para o ar, reuniram-se no centro de Nablus para assistir aos funerais dos cinco palestinianos, relataram jornalistas da France Presse.

Estes palestinianos foram mortos num ataque israelita dirigido ao grupo armado palestiniano "Areen al-Ussoud" em Nablus, cidade no norte da Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

Um sexto palestiniano foi atingido mortalmente por munições reais na aldeia de Nabi Saleh, a norte de Ramala, depois de o exército israelita ter dito que tinha disparado contra um "suspeito que atirava um engenho explosivo", segundo a mesma fonte.

Na Cidade Velha de Nablus, o exército confirmou que tinha levado a cabo uma grande operação com a polícia contra o "quartel-general e uma oficina de fabrico de armas" do grupo 'Areen al-Oussoud'.

"Vários suspeitos armados foram baleados", disse em comunicado o exército, detalhando que "dezenas de palestinianos queimaram pneus e atiraram pedras" aos soldados que "retaliaram abrindo fogo".

Um líder dos combatentes palestinianos, Wadih Al-Houh, foi morto na operação, confirmou fonte do grupo.

Em campanha para as eleições legislativas antecipadas de 1 de novembro, o primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, disse que "Israel nunca deixará de agir pela sua segurança" e que o objetivo é "reduzir o terrorismo e garantir que isso não afeta os cidadãos israelitas".

O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, denunciou como um "crime de guerra" a operação israelita em Nablus, um reduto de grupos armados palestinianos.

"A rendição é o caminho da humilhação (...) Está na hora dos leões saírem da sua toca", disse o grupo Areen al-Oussoud, que conta com mais de 210 mil seguidores e é popular entre os jovens palestinianos, citado na página da organização no Telegram.

A violência aumentou nos últimos meses no norte da Cisjordânia, com as forças israelitas a intensificarem as operações em Nablus e Jenin, em represália por ataques anti-israelitas.

Estes ataques, muitas vezes pontuados por confrontos com a população palestiniana, deixaram mais de 100 mortos do lado palestiniano, o número mais elevado de vítimas mortais na Cisjordânia em quase sete anos, segundo a ONU.

Só desde o início de outubro, 25 palestinianos e dois soldados israelitas foram mortos, de acordo com uma contagem feita pela France-Presse.

Leia Também: Quatro palestinianos mortos em ataques israelitas na Cisjordânia ocupada

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