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Missão da ONU no Mali reclama mais meios para cumprir mandato no país

O chefe da missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) pediu hoje ao Conselho de Segurança os meios necessários para cumprir o mandato num país onde a situação de segurança continua "volátil" e as ações estão sujeitas a "restrições".

Missão da ONU no Mali reclama mais meios para cumprir mandato no país
Notícias ao Minuto

19:49 - 18/10/22 por Lusa

Mundo Mali

El Ghassim Wane, que intervinha numa sessão especial do Conselho de Segurança sobre o Mali, descreveu "uma situação de segurança, humanitária e de direitos humanos muito difícil".

"A situação de segurança continua volátil no centro do Mali e na área das três fronteiras Mali-Burkina Faso-Níger", acrescentou.

A sessão, já agendada, realizou-se um dia depois de mais quatro 'capacetes azuis' da Minusma terem morrido em consequência da deflagração de um engenho explosivo artesanal no norte do Mali, quando participavam numa operação de desminagem.

"Usamos os nossos recursos da forma mais criativa e flexível possível", mas a "determinação" dos 'capacetes azuis' no terreno "não pode substituir os meios" que são necessários "desesperadamente", insistiu, descrevendo um "ambiente operacional desafiador".

O relatório do secretário-geral da ONU, António Guterres, examinado durante esta reunião destaca em particular as "restrições de movimento e acesso" encontradas pela Minusma, a maioria delas impostas pelas autoridades malianas, bem como "campanhas de desinformação" contra a missão.

"A Minusma está em perigo", considerou o embaixador francês Nicolas de Rivière, referindo-se às ações dos grupos terroristas e à "obstrução das atividades da missão".

"Contamos com o espírito de responsabilidade das autoridades de transição para não apressar uma partida da qual os malianos seriam as primeiras vítimas", acrescentou, pedindo "cooperação total e completa" da junta militar no poder no Mali.

O secretário-geral da ONU, que deve apresentar até janeiro propostas sobre eventuais alterações da missão, considerou no anterior documento, em setembro, a necessidade de encontrar "novas soluções" para a Minusma.

Em junho passado, o Conselho de Segurança prolongou o mandato por mais um ano, até 30 de junho de 2023, mas pela primeira vez sem o apoio aéreo da França, que se retirou completamente do Mali.

Nesta fase, planeia manter o atual número de efetivos: 13.289 militares e 1.920 polícias.

O chefe da diplomacia do Mali, Abdoulaye Diop, disse na sua intervenção que "ao contrário do que é veiculado, não há vontade de restringir os movimentos da missão" e destacou a "vontade de afirmar" a soberania sobre o território.

Quanto ao futuro da Minusma, a "prioridade" do Mali é a sua "reorientação" na "fundação da sua presença no Mali, em particular o apoio à restauração da autoridade do Estado em todo o território".

Leia Também: Mali e França trocam acusações duras no Conselho de Segurança da ONU

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