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Companhia área privada volta ligar Pemba e Palma

A companhia privada Fly Índico anunciou hoje a retoma dos voos que ligam Pemba e Palma, em Cabo Delgado, uma ligação interrompida na sequência dos ataques armados de rebeldes no norte de Moçambique.

Companhia área privada volta ligar Pemba e Palma
Notícias ao Minuto

16:41 - 17/10/22 por Lusa

Mundo Moçambique

"A ligação será retomada a partir de 28 de novembro e pretendemos fazer pelo menos dois voos por semana, às segundas e sextas-feiras", disse hoje à Lusa Alfrad Venichand, assistente de reservas da Fly Índico.

A ligação, interrompida na sequência do ataque rebelde a Palma em março de 2021, será feita por uma aeronave Cessna Caravan, com capacidade para 10 passageiros, avançou a mesma fonte daquela empresa de capitais moçambicanos.

"Nós já fazíamos este trajeto. Aliás, num dos ataques a Palma, ajudámos as autoridades a retirar algumas pessoas. Sentimos que agora há segurança e vamos voltar a operar", acrescentou Alfred Venichand.

Palma foi alvo de um dos mais mediáticos ataques protagonizados pelos rebeldes que aterrorizam a província de Cabo Delgado há cinco anos, quando em 24 de março de 2021 os insurgentes invadiram a sede daquele distrito, tendo provocado dezenas de mortos e feridos, bem como a fuga de milhares de pessoas.

O distrito acolhe o projeto de exploração de gás natural liderado pela TotalEnergies, o maior investimento privado em África (da ordem dos 20 mil milhões de euros), entretanto suspenso devido à insegurança na região.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de violência a sul da região e na vizinha província de Nampula.

Em cinco anos, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o ACNUR, e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

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