Ataque nuclear? Rússia "receberá uma resposta adequada do mundo inteiro"
Podolyak considerou que a utilização de armas nucleares pela Rússia irá fazer com que outros países abandonem o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado em 1968.

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Mundo Mykhailo Podolyak
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou que a Rússia "receberá uma resposta adequada do mundo inteiro" caso avance com um ataque nuclear contra a Ucrânia.
“A NATO acompanha tudo o que acontece na Rússia com armas nucleares. E a NATO adverte categoricamente a Rússia de que, se houver mesmo uma tentativa de utilização de armas nucleares, haverá uma resposta”, disse o conselheiro de Volodymyr Zelensky, em entrevista ao jornal alemão Bild, acrescentando que a Rússia “está gradualmente a reduzir as suas ameaças retóricas com armas nucleares”.
Podolyak considerou ainda que a utilização de armas nucleares pela Rússia irá fazer com que outros países abandonem o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado em 1968.
“Um Estado nuclear ameaça um Estado não-nuclear. Se a Rússia não for impedida agora, outros países irão retirar-se do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares porque qualquer guerra contra um Estado nuclear provocará perdas”, sublinhou.
E acrescentou: “A Rússia não só ameaça a Ucrânia, como quebra um elemento chave da segurança global”.
No entanto, o responsável considera que a Federação Russa não irá levar avante as suas ameaças. “Aqueles que querem utilizar armas nucleares terão uma resposta, e a Rússia parece compreender isso”, disse ao jornal alemão.
Selenskyj-Berater im großen Interview - Der Krieg endet diesen Winter, WENN… https://t.co/xAgMiovJiQ
— BILD (@BILD) October 13, 2022
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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