Finlândia apenas admite adesão à NATO em simultâneo com a Suécia

O Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, rejeitou hoje a possibilidade de o seu país aderir à NATO a um ritmo diferente da Suécia, face à recusa da Turquia em ratificar de momento o ingresso de Estocolmo na Aliança Atlântica.

Sauli Niinisto, Finland's president, meets with U.S. President Joe Biden, not pictured, in the Oval Office of the White House in Washington, D.C., U.S., on Friday, March 4, 2022. The presidents are set to discuss Russia's attack on Ukraine and its impact

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Lusa
14/10/2022 16:51 ‧ 14/10/2022 por Lusa

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Na semana passada, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan anuiu a que o seu país ratifique o ingresso da Finlândia na NATO, mas não da Suécia, alegando que o Governo sueco ainda não cumpriu o acordo em torno do combate ao que designa de "terrorismo curdo".

Em declarações aos 'media', Niinisto defendeu hoje que os dois países nórdicos devem cooperar para uma adesão simultânea à NATO. "Iniciámos este processo com a Suécia e vamos prossegui-lo com a Suécia", disse.

"O facto de se especular sobre uma admissão da Finlândia antes da Suécia é algo que serve os interesses de outros, e não os nossos", insinuou Niinisto.

A Finlândia e a Suécia formalizaram em maio passado o seu pedido de adesão à NATO de forma conjunta, após décadas de não-alinhamento, uma decisão justificada pela alteração do quadro de segurança europeu na sequencia da invasão russa da Ucrânia.

O processo de adesão dos dois países escandinavos registou uma celeridade sem precedentes, e em apenas cinco meses 28 dos 30 Estados-membros da Aliança ratificaram o seu ingresso, com as exceções da Turquia e Hungria.

O Presidente Tayyip Erdogan, que de início bloqueou o processo de ratificação ao argumentar que os dois países candidatos forneciam proteção e apoio a curdos definidos de "terroristas", prescindiu do seu veto em junho durante a cimeira da NATO em Madrid.

Em troca, Ancara impôs um conjunto de condições à Finlândia e Suécia, incluindo a extradição dos ativistas curdos que considera "terroristas" e o fim do veto à exportação de armamento para a Turquia, uma medida aceite por Helsínquia e Estocolmo.

Segundo Erdogan, o seu país está agora disposto a ratificar o ingresso da Finlândia na NATO, mas está disposto a bloquear o acesso da Suécia "enquanto as organizações terroristas continuem a manifestar-se na rua e estiverem presentes no parlamento sueco".

Leia Também: Finlândia e Suécia aceitam compromisso contra "terrorismo", diz Turquia

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