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Dois membros de milícia leal ao regime do Irão mortos em confrontos

Pelo menos dois membros da Basijis, a milícia paramilitar leal ao regime iraniano, foram mortos em confrontos recentes entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra a morte de Mahsa Amini e pediam liberdade.

Dois membros de milícia leal ao regime do Irão mortos em confrontos
Notícias ao Minuto

12:51 - 09/10/22 por Lusa

Mundo Irão

Um dos Basiji morreu no sábado à noite, na cidade de Sanandaj, capital do Curdistão iraniano, em confrontos "com manifestantes", segundo a agência de notícias iraniana Irna, que não avançou mais pormenores.

Um segundo membro dessas milícias islâmicas foi morto "nos motins" também de sábado à noite, mas em Teerão, informou o porta-voz do Conselho Municipal da capital, Alireza Nadalí, citado pela agência de notícias Tasnim.

Segundo a mesma fonte, a vítima morreu devido a "uma arma de fogo", tendo ficado com o rosto cheio de chumbos.

Desde que os protestos pela morte de Masha Amini começaram, em 16 de setembro, pelo menos 12 membros das forças de segurança morreram em confrontos com manifestantes, refere a imprensa oficial.

O Irão registou no sábado à noite duros confrontos em várias cidades do país, incluindo Teerão, onde os protestos se espalharam desde o sul do Grande Bazar até a praça Tajrish, no norte.

O Curdistão iraniano, região de origem de Amini, também foi palco de fortes confrontos e pelo menos um civil foi morto a tiro, uma morte que a polícia atribuiu a "forças contrarrevolucionárias".

Após os confrontos, o governador do Curdistão ordenou o encerramento, hoje, das escolas e universidades da região.

O motivo oficial para o encerramento foi o "aniversário do nascimento do profeta do Islão", mas, nos anos anteriores, o dia foi comemorado naquela região apenas com redução da carga horária das aulas.

Masha Amini, de 22 anos, morreu em 16 de setembro depois de sido detida durante três dias pela chamada polícia moral em Teerão, por alegadamente, ter usado o véu islâmico de forma errada.

A sua morte provocou protestos que se têm multiplicado e se transformaram em grandes mobilizações, com mulheres a queimar véus, apesar das fortes repressões das forças de segurança.

Os confrontos causaram 41 mortes, de acordo com uma contagem apresentada pela televisão estatal na semana passada, mas a organização não-governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo, estima o número atinja os 92.

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