Putin deve enfrentar um "tribunal internacional", disse Nobel da Paz
Apelou ainda a que a Rússia fosse excluída do Conselho de Segurança da ONU por "violações sistemáticas da carta das Nações Unidas".
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Mundo Ucrânia/Rússia
A responsável pela organização não-governamental ucraniana Center for Civil Liberties recorreu ao Facebook, esta sexta-feira, depois de a ONG ter sido distinguida com o prémio Nobel da Paz de 2022, para defender que o presidente russo, devia enfrentar um "tribunal internacional".
Oleksandra Matviychuk nomeou Vladimir Putin e o seu homólogo bielorrusso Alexander Lukashenko, bem como outros "criminosos de guerra" para que fossem julgados, de forma a dar "a hipótese a centenas de milhares de vítimas de crimes de guerra de verem justiça".
Matviychuk apelou ainda a que a Rússia fosse excluída do Conselho de Segurança da ONU por "violações sistemáticas da carta das Nações Unidas".
O Center for Civil Liberties foi criado em 2017 e tem feito um trabalho extenso a documentar os crimes de guerra russos durante a invasão à Ucrânia, que já dura há mais de sete meses.
A responsável fez ainda questão de dizer estar "encantada" pela organização ter recebido o prémio juntamente com os "amigos e parceiros da Memorial e da Viasna”.
Recorde-se que o Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído em Oslo, na Noruega, ao ativista dos direitos humanos bielorrusso Ales Bialiatski e às organizações não-governamentais Memorial, da Rússia, e Centro para as Liberdades Civis, da Ucrânia.
O Comité quis "homenagear três destacados campeões de direitos humanos, democracia e coexistência pacífica nos países vizinhos Bielorrússia, Rússia e Ucrânia", que "através dos seus esforços consistentes a favor de valores humanistas, antimilitaristas e princípios de direito (...) revitalizaram e honraram a visão de paz e fraternidade entre as nações de Alfred Nobel – uma visão mais necessária no mundo de hoje".
A cerimónia de entrega do Nobel da Paz realiza-se a 10 de dezembro (no dia da morte de Alfred Nobel) em Oslo, na Noruega, onde os laureados recebem o prémio, que consiste numa medalha e num diploma, juntamente com um documento que confirma o montante monetário do galardão, que este ano é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 919 mil euros, no câmbio atual) a dividir pelas várias categorias.
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