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Macau renova vistos a representantes diplomáticos de Taiwan após impasse

O ministro dos Assuntos Continentais do governo de Taipé, Chiu Tai-san, revelou que Macau concedeu uma extensão de visto aos três representantes de Taiwan na região administrativa especial chinesa, após um impasse diplomático.

Macau renova vistos a representantes diplomáticos de Taiwan após impasse
Notícias ao Minuto

08:33 - 07/10/22 por Lusa

Mundo Macau

Os vistos dos responsáveis pelo Gabinete Económico e Cultural de Taipé em Macau terminavam até 30 de outubro e as autoridades locais exigiam que os três diplomatas assinassem um documento a apoiar a política "Uma só China".

Chiu Tai-san garantiu, na quinta-feira, aos jornalistas, que as autoridades de Macau "não pediram [aos representantes de Taiwan] para assinar" qualquer documento a reconhecer a soberania de Pequim.

O Gabinete Económico e Cultural de Taipé na região vizinha de Hong Kong encerrou em julho de 2021, após a partida do último responsável, precisamente devido às autoridades de Hong Kong não lhe terem renovado o visto.

Em maio de 2021, Hong Kong tinha já encerrado o Gabinete Económico, Comercial e Cultural em Taiwan, com Macau a fazer o mesmo um mês depois.

Segundo a imprensa de Taiwan, o ministério dos Assuntos Continentais tinha ponderado vender a Casa Memorial do Dr. Sun Yat-Sen em Macau, receando que, após a partida dos responsáveis do Gabinete, o Governo confiscasse o edifício histórico -- o único local da China onde é possível içar a bandeira de Taiwan.

A Casa Memorial do Dr. Sun Yat-Sen pertence a uma empresa de Singapura, controlada pelo Ministério dos Assuntos Continentais de Taiwan, tendo vários dirigentes governamentais entre os diretores e acionistas.

Sun Yat-Sen (1866-1925), considerado o mentor da revolução republicana chinesa, que em 1911 pôs fim à última dinastia imperial, viveu parte da vida em Macau, então sob administração portuguesa.

Terminou na quarta-feira em Macau uma consulta pública sobre a revisão da lei de segurança do Estado, que propõe, entre outras mudanças, a punição de "agentes" de Taiwan por crimes contra a segurança nacional da China.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo Governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

As relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan atravessam o pior período das últimas décadas.

A China lançou exercícios militares em torno da ilha, numa escala sem precedentes, em agosto, após a visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

O gabinete para os assuntos de Taiwan do Comité Central do Partido Comunista Chinês anunciou ainda sanções contra "fanáticos separatistas taiwaneses", que passam a estar impedidos de entrar na China continental, Hong Kong e Macau.

Leia Também: Covid-19. Macau perdeu quase 3.700 trabalhadores estrangeiros em agosto

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