A informação foi divulgada por Oleksei Gromov, chefe-adjunto da Direção operativa principal do estado-maior das Forças Armadas ucranianas, acrescentando que o último ataque aéreo russo desde território bielorrusso tinha ocorrido em finais de agosto.
"Esta manhã, quatro aviões Tu-22 M3 da aviação estratégica do país agressor, lançaram um ataque aéreo em território ucraniano a partir do espaço aéreo da Bielorrússia", denunciou Gramov, citado pela agência noticiosa ucraniana UNIAN.
As autoridades ucranianas confirmaram hoje um ataque russo contra importantes infraestruturas da região de Jmelnitski e garantiram que não provocaram mortos ou feridos ou pequenos danos em algumas habitações.
A Ucrânia tem alertado por diversas vezes que as Forças Armadas russas utilizam o território ucraniano e o espaço aéreo do país vizinho para desencadear ações militares.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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