Biden reforça "compromisso de defesa" ao Japão após míssil norte-coreano
Posição do presidente dos Estados Unidos da América surge após a Coreia do Norte ter disparado, ontem, um míssil balístico sobre o Japão.
© Getty Images
Mundo EUA
O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, reforçou, esta terça-feira, o “compromisso de defesa” do país face ao Japão. A posição do democrata foi remetida durante uma chamada telefónica com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e surge após a Coreia do Norte ter disparado, ontem, um míssil balístico sobre o Japão.
“O presidente Biden falou hoje com o primeiro-ministro Kishida do Japão para reforçar o nosso compromisso de defesa do Japão, após o lançamento de mísseis balísticos de longo alcance da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) sobre o Japão, a 3 de outubro”, lê-se numa nota publicada no site da Casa Branca.
Os líderes norte-americano e japonês “condenaram conjuntamente” o teste de mísseis da Coreia do Norte “nos termos mais fortes, reconhecendo o lançamento como um perigo para o povo japonês, desestabilizando a região, e uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Durante a conversa, ficou estipulado que “continuariam a coordenar de perto a sua resposta imediata e a longo prazo bilateralmente, trilateralmente com a República da Coreia, e com a comunidade internacional”.
Biden e Kishida discutiram ainda “a importância do regresso imediato e da resolução dos casos de cidadãos japoneses raptados pela RPDC e decidiram continuar a envidar todos os esforços para limitar a capacidade da RPDC de apoiar os seus programas de mísseis balísticos ilegais e de armas de destruição maciça”
Horas antes, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, já tinha conversado com o seu homólogo japonês, Akiba Takeo, e com o diretor da agência de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Kim Sung-han, para discutir o episódio do disparo do míssil norte-coreano.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou hoje a "perigosa" manobra da Coreia do Norte, lembrando que estas práticas violam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Condeno veementemente os perigosos e desestabilizadores testes de mísseis da Coreia do Norte", disse Stoltenberg, numa mensagem difundida nas redes sociais.
I strongly condemn North #Korea’s dangerous & destabilising missile tests that violate UN Security Council resolutions. DPRK must abandon its nuclear & ballistic missile progs & engage in diplomacy. #NATO stands in solidarity w/our Indo-Pacific partners, Japan & South Korea.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) October 4, 2022
O secretário-geral da NATO pediu a Pyongyang que abandone o seu programa nuclear e se comprometa com a diplomacia, reafirmando a solidariedade dos aliados com o Japão e com a Coreia do Sul, principais vítimas da insegurança gerada pelo regime de Kim Jong-un.
Segundo o gabinete do primeiro-ministro japonês, pelo menos um míssil foi disparado pela Coreia do Norte, sobrevoou o Japão e acredita-se que tenha caído no Oceano Pacífico.
A mesma fonte acrescentou que as autoridades emitiram um alerta aos moradores das regiões do nordeste para saírem dos prédios próximos, naquele que foi o primeiro alerta desse tipo em cinco anos.
[Notícia atualizada às 18h37]
Leia Também: UE condena disparo de míssil norte-coreano sobre o Japão
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com