A reunião surge na sequência de um veto imposto pela Rússia numa resolução que foi a votos, na semana passada, no Conselho de Segurança da ONU e que condenava a anexação russa de quatro regiões do leste e do sul da Ucrânia.
O anúncio da reunião foi feito pelo presidente da Assembleia-Geral, o húngaro Csaba Korosi, numa carta enviada aos Estados-membros.
A convocatória partiu oficialmente da Ucrânia e da Albânia, mas conta também com o claro impulso dos Estados Unidos, que já haviam anunciado a sua intenção de apelar à Assembleia-Geral depois do veto da Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido).
Na sexta-feira passada, Moscovo usou novamente o seu poder de veto para bloquear a aprovação da resolução, que condenava os referendos realizados em áreas parcialmente ocupadas da Ucrânia e exigia a saída de tropas russas do país vizinho.
Na Assembleia-Geral, nenhum país tem poder de veto, mas as suas resoluções têm menos peso do que as do Conselho de Segurança.
A Ucrânia e os seus aliados já recorreram a este órgão em março passado para condenar a invasão russa e obtiveram um apoio esmagador, de 141 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas.
Tal aconteceu numa sessão especial de emergência convocada após o início da guerra e que agora se repetirá para considerar os referendos organizados nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia e a sua consequente anexação pela Rússia.
A Assembleia-Geral da ONU começará a debater a questão na próxima segunda-feira a partir das 15h00 (horário de Nova Iorque, 20h00 em Lisboa), mas a votação da resolução poderá ser adiada até pelo menos terça-feira.
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