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Piloto russo morre em queda de avião militar no Mali

Um piloto russo morreu hoje no Mali quando o avião que pilotava, recentemente entregue ao exército maliano, caiu perto de Gao, informou um oficial das forças armadas malianas, sob condição de anonimato.

Piloto russo morre em queda de avião militar no Mali
Notícias ao Minuto

15:26 - 04/10/22 por Lusa

Mundo Rússia

A mesma fonte não deu razões para a queda do avião e explicou apenas que estava "a regressar de uma patrulha" e que se tratava de um Albatross, um avião de conceção checoslovaca, originalmente destinado a treino mas utilizado frequentemente como caça pelos países que o possuem.

De acordo com o oficial maliano, o aparelho faz parte de um conjunto de "novas aquisições" das forças armadas do país.

O Mali recebeu equipamentos militares da Rússia, incluindo aviões de combate e helicópteros, em março e novamente em agosto últimos.

As relações entre a junta militar no poder em Bamako e Paris deterioraram-se ao longo deste ano, particularmente desde a chegada ao Mali dos mercenários russos do grupo Wagner, que colocou um ponto final a nove anos de presença francesa militar ininterrupta no Mali onde combatia os grupos extremistas islâmicos.

Após meses de animosidade, as autoridades malianas anunciaram em maio deste ano que consideravam nulo e sem efeito o tratado de cooperação no domínio da defesa assinado em 2014 com a França, bem como os acordos de 2013 e 2020, que estabeleciam o quadro da presença da Operação Barkhane e o reagrupamento de forças especiais europeias Takuba, iniciado pela França e no qual Portugal chegou a participar com cerca de duas dezenas de militares.

As relações entre o Mali e as Nações Unidas, cujas forças de manutenção da paz (Minusma) se encontram no país desde 2013, também atravessaram vários momentos de tensão nos últimos meses, a última das quais ocorreu na última Assembleia Geral das Nações Unidas em finais de setembro, onde o governo maliano acusou a missão de não ter atingido os seus objetivos e defendeu como necessária uma "mudança de paradigma" e uma maior coordenação com as autoridades malianas.

O mesmo evento foi palco para uma dura acusação do primeiro-ministro interino das autoridades de transição malianas, Abdoulaye Maiga, a França, que disse estar a "armar, financiar e equipar grupos terroristas" no Mali.

No seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Maiga acusou ainda a França de "apunhalar o povo maliano pelas costas" quando anunciou unilateralmente, em junho de 2021, a retirada da força antiterrorista francesa Barkhane do país, concluída este ano, o que levou a uma grave crise bilateral e a grandes manifestações anti-França em Bamako.

A Minusma é a missão das Nações Unidas com o maior número de baixas entre os seus efetivos devido aos constantes ataques terroristas, sendo também objeto da crescente hostilidade da população maliana.

Leia Também: Putin promete enviar fertilizantes ao líder da junta militar do Mali

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