Líderes da Hungria, Áustria e Sérvia querem reforma das políticas da UE
Os líderes da Hungria, Áustria e Sérvia defenderam que a União Europeia (UE) deve reformar as políticas de migração irregular para defender melhor as fronteiras, prometendo coordenar as suas políticas nacionais nesta área.
© Reuters
Mundo UE
"O atual sistema de migração [da UE] falhou", considerou o chanceler austríaco, Karl Nehammer, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, e o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, hoje realizada em Budapeste.
Por isso, exigiu o líder conservador do Governo austríaco, a Comissão Europeia (CE) tem de começar "a dar passos sérios" para agilizar os procedimentos nas fronteiras e chegar a acordo para retorno dos migrantes aos países de origem e intermediários.
Nehammer sublinhou que os três países já colaboram para proteger as fronteiras, razão que os levará a nova reunião, marcada para "daqui a poucos dias" em Belgrado.
"Temos de mover as linhas de defesa para o sul [da Europa]", defendeu, por sua vez, Viktor Orbán, que destacou a importância de fortalecer as fronteiras entre a Sérvia e a Macedónia do Norte.
O chefe do Governo ultranacionalista húngaro também sublinhou a importância do regresso dos migrantes irregulares aos seus países, que considerou tarefa de "elevados custos".
"Isso significa muito trabalho e muitas despesas. A UE deve assumir essas despesas", disse.
Orbán criticou que Bruxelas não tenha apoiado os gastos da Hungria com a defesa das suas fronteiras, como as cercas de proteção que ergueu, em 2015, na sua fronteira com a Sérvia.
Viktor Orbán pediu também a criação de "pontos quentes" fora do território da União Europeia, onde os candidatos possam lidar com a parte burocrática dos pedidos de entrada antes de os entregar à UE.
O Governo húngaro opõe-se categoricamente à migração e Orbán passou a associar os refugiados ao terrorismo, alertando para o suposto perigo que os migrantes representam para a cultura europeia.
O nacionalista e populista Presidente sérvio também destacou a importância da cooperação dos três países nesta área, lembrando que o número de migrantes irregulares que chegam à Europa pela chamada "rota dos Balcãs" está a aumentar e avisando que "o outono e o inverno não serão fáceis".
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