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Ganhar eleição na primeira volta? "Nem sempre é possível", diz Lula

Lula da Silva recordou que esta não é a primeira vez que algo do género acontece.

Ganhar eleição na primeira volta? "Nem sempre é possível", diz Lula
Notícias ao Minuto

02:08 - 03/10/22 por Ema Gil Pires

Mundo Brasil

O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) às eleições presidenciais brasileiras, Luiz Inácio Lula da Silva, reconheceu, no domingo à noite, que nem sempre é possível conquistar uma eleição logo "à primeira volta", fazendo referência ao desfecho desse escrutínio.

"Em toda a eleição que disputo tenho vontade de ganhar na primeira volta, mas nem sempre é possível", apontou o ex-presidente, num discurso perante os seus apoiantes.

Até porque, como recordou, esta não é a primeira vez que algo do género acontece. “Nunca venci uma eleição na primeira volta”, explicou.

Na sua argumentação, o principal rosto do Partido dos Trabalhadores (PT) fez questão de acrescentar que "há uma coisa" que o "motiva", "estimula" e "faz renascer a cada dia": a "crença de que nada acontece por acaso".

"Isto para nós é apenas uma prorrogação"

Lembrando que "durante toda a campanha" se apresentou na liderança das "pesquisas de opinião pública", Lula da Silva garantiu que "sempre achou" que sairia vencedor destas eleições presidenciais. "E ainda vou ganhar estas eleições", exclamou.

"Isto para nós é apenas uma prorrogação", apontou ainda o candidato mais votado nesta primeira volta das presidenciais brasileiras, que agradeceu ao "povo brasileiro" por "mais este gesto de generosidade".

Lula troca "lua de mel" por "campanha"

Afirmando que caso "ganhasse no primeiro turno ia tirar três dias e fazer uma lua de mel", o rosto do PT explicou que agora, "para desgraça de alguns", tem "mais trinta dias de campanha". “Eu adoro fazer campanha, adoro ir para a rua, adoro fazer comício, adoro discutir com a sociedade”, acrescentou.

No seu discurso, o antigo governante quis ainda salientar que "é preciso lembrar o que estava a acontecer há quatro anos", altura em que o próprio era "tido como se fosse um ser humano atirado para fora da política".

"Eu disse que a gente voltaria, e que voltaria com mais força, mais vontade e mais disposição, porque a única razão para nós pararmos de lutar será o dia em que o povo brasileiro tiver lideranças que consigam fazer com que eles conquistem o que precisam para melhorar a sua vida", afirmou o esquerdista.

Considerando que o Brasil é um país que está "pior" - "a economia não está boa, a qualidade de vida não está boa, a renda não está boa, o emprego não está bom", entre outros -, Lula da Silva afirmou que é preciso apostar na "recuperação" do mesmo, nomeadamente do ponto de vista das "relações internacionais".

As declarações foram proferidas depois de os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terem comprovado a necessidade de realização de uma segunda volta eleitoral, para definir qual o próximo chefe de Estado do país, e que está agendada para 30 de outubro.

Numa altura em que estão já apurados quase todos os votos (cerca de 99%) desta primeira volta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dá conta de que o esquerdista Lula da Silva conquistou cerca de 48% dos votos. O seu principal oponente, Jair Bolsonaro, ficou-se pouco acima dos 43% dos votos.

Para além de Lula da Silva e Bolsonaro, os 156 milhões de eleitores chamados às urnas tiveram a possibilidade de votar em Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D'Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia como candidatos às presidenciais brasileiras.

[Notícia atualizada às 02h30]

Leia Também: Lula da Silva e Bolsonaro disputam 2.ª volta das presidenciais no Brasil

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