Cidadão irano-americano autorizado a deixar o país após prisão
O cidadão irano-americano Baquer Namazi, de 85 anos, que foi preso no Irão, foi autorizado a deixar o país, e o seu filho Siamak, também detido, foi libertado, anunciou hoje o secretário-geral da ONU e um dos advogados da família.
© Reuters
Mundo Irão
"Estes são os primeiros passos cruciais, mas não vamos parar até que os Namazis possam regressar aos Estados Unidos e que o seu longo pesadelo finalmente termine", disse o advogado dos dois homens, Jared Genser, num comunicado à imprensa.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, por seu lado, estar "agradecido que, após [os seus] apelos ao presidente da República Islâmica do Irão [Ebrahim Raïsi], o ex-colega Baquer Namazi tenha sido autorizado a deixar o Irão para receber assistência médica e tratamentos no exterior".
Baquer Namazi, ex-funcionário do UNICEF, foi detido em fevereiro de 2016 quando viajou para o Irão para tentar libertar seu filho, Siamak Namazi, um empresário iraniano-americano preso em outubro de 2015.
Ambos foram condenados a dez anos de prisão em outubro de 2016 por espionagem.
O pai foi libertado em 2020 do cumprimento da pena, mas não pôde deixar o Irão, apesar dos seus problemas de saúde.
"Pela primeira vez em sete anos, Siamak Namazi está em casa com seus pais, em Teerão", disse o advogado.
Em junho, numa coluna publicada no jornal The New York Times, Siamak Namazi tinha "implorado" ao Presidente dos EUA, Joe Biden, para chegar a um acordo sobre a troca de prisioneiros com Teerão, apesar do impasse nas negociações nucleares com a República Islâmica.
A esperança de Siamak Namazi de ser libertado voltou em 2021, quando as negociações indiretas entre Washington e Teerão foram retomadas com o objetivo de reativar o acordo nuclear com o Irão, de que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, se retirara em 2018. Mas essas negociações permanecem num impasse.
O poder iraniano enfrenta um vasto movimento de protestos, que começou a 16 de setembro, quando uma jovem curda de 22 anos, Mahsa Amini, morreu, três dias depois de ter sido presa por violar o rígido código do Irão sobre o modo de as pessoas se vestirem, que obriga, especialmente as mulheres, a usarem o véu islâmico.
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