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Países e organizações condenam anexação e convocam embaixadores russos

Vários países e organizações condenaram hoje a anexação russa de territórios ucranianos, denunciando violações de soberania, e alguns aumentaram as sanções a Moscovo e chamaram embaixadores russos para explicações.

Países e organizações condenam anexação e convocam embaixadores russos
Notícias ao Minuto

19:25 - 30/09/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

O Canadá condenou hoje a Rússia pela "tentativa de anexação" das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, impondo novas sanções económicas contra pessoas e empresas que colaboraram nos referendos separatistas.

As sanções foram anunciadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá, que fala em "aterradoras violações do direito internacional" pelo Presidente russo, Vladimir Putin, acusado de ter "a noção imperial de que o seu regime pode desenhar mapas segundo a sua vontade".

Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou a atitude de Moscovo, reiterando o seu apoio a Kiev para enfrentar "a agressão russa e recuperar a sua plena soberania em todo o território".

Numa mensagem divulgada a partir da residência presidencial, Macron condenou "a grave violação do direito internacional e da soberania da Ucrânia", prometendo que a França irá reforçar a sua ajuda financeira e militar a Kiev.

Palavras idênticas de crítica vieram do Governo neerlandês, que considerou "ilegal" e "totalmente inaceitável", a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, lembrando que, neste século, não pode haver "lugar para o imperialismo violento".

A ministra da Defesa dos Países Baixos, Kajsa Ollongren, disse mesmo que "nenhum país normal do mundo reconhecerá esta decisão", garantindo a manutenção do apoio do seu Governo a Kiev.

O chefe da diplomacia neerlandês, Wopke Hoekstra, considerou que a decisão de anexação por parte de Moscovo "ultrapassa todos os limites" e anunciou que vai chamar o embaixador russo em Haia, para lhe transmitir a condenação "nos termos mais fortes".

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Edgars Rinkevics, convocou hoje o embaixador russo, para lhe transmitir a forte condenação do seu Governo às ações de agressão contra "a soberania" de um país independente.

"Não temos ilusões sobre as verdadeiras intenções da Rússia", disse o chefe da diplomacia da Letónia, acusando Putin de "chauvinismo, ódio e pretensões de estilo nazi".

As presidentes da Moldova, Maia Sandu, e da Geórgia, Salomé Zurabishvili, condenaram a atitude de Moscovo, mostrando-se solidários com o esforço de Kiev para rechaçar a invasão russa do seu território.

"O apoio da Moldova à soberania e integridade territorial da Ucrânia permanece inabalável", disse Sandu, num comunicado, enquanto Zurabishvili usou a sua conta na rede social Twitter para lembrar que "uma anexação forçada não tem legitimidade nem futuro".

A cimeira da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) também condenou a "anexação ilegal", dizendo que se trata de um ato "inaceitável".

Num comunicado, a secretária-geral da OSCE, Helga Schmid, lembrou que a anexação "anula o princípio da integridade territorial" e avisou que as ameaças de Putin de poder vir a usar armas nucleares "apenas levarão a uma escalada do conflito".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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